Por Luiz Martins da Silva

Houve um tempo,

De todos os dias,

De reverência à mulher

Em dia qualquer.

 

A mais bonita era todas elas,

Bastava ser este ser para ser.

E todas são em suma uma, única, una:

Avós, mães, filhas, sobrinhas…

 

Houve um tempo ditoso

De comerciais respeitosos,

De homenagens sinceras,

Merecedoras todas eram.

 

Houve um tempo

Em que o nosso senso

Se voltava exclusivamente

Para um arquétipo de mulher em nossa mente.

 

Houve um tempo em que a ‘nossa’ mulher

Era sempre bela, pois todo ser amado assim o é.

E não vivíamos a revirar os machos olhos

Conforme os movimentos glúteos das outras.

 

Esse tempo ainda não houve,

Mas, um dia ele haverá de haver,

Quando nós homens, maduros

Seremos de sentimentos puros.