Poema por Luiz Martins da Silva. Foto de Chico Sant'Anna
Venero este bravo sertão,
E aos brados reverencio
Secretas brenhas da América,
Nascentes de grandes rios.
– x –
Amo e amplio veredas
Que em ânsias de infinito
Cruzam num mesmo horizonte
Terra e Céu por escrito.
– x –
Ah! Se por aqui houvera
Passados os olhos de Whitman,
A recontar do Universo
Luxúrias de um grande mito.
– x –
Quanta coisa a enumerar
Para compor um poema
Do leque do buriti
À flor da canela-de-ema.
– x –
Quando cheguei por aqui,
Já não me haviam contado,
Mas logo me apaixonei
Por uma flor do cerrado.
– x –
Por isso fiquei até hoje,
Desde meus tempos heróicos:
Candango, pau-de-arara,
Outro sertão mais ao Norte.
– x –
Um dia, meus filhos nascidos,
Não haverão de medir:
Quanta estrada para um homem
Até chegar por aqui.
– x –
Nada a contar de estranho
No mundo do natural.
Sequer o palmito guairoba,
Ou mesmo a flor do pequi.
– x –
Nada de exagerado,
Às vistas de tudo um pouco:
A lua, branca, de um lado;
O sol, laranja, de outro.
aDORO OS POEMAS QUE V. POSTA. aMO DE paixâo
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eu também gosto muito de brasilia, de poesia, arte, musica, literatura e de amigos que mandam posts e blogs bacanas.
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Poesia e Fotografia se complementam, também sou apaixonada por elas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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parabéns Chico pela imagem escandalosa e ao Luiiz Martins pelo poema, expressões de amor a Brasilia. peço autorização para publicar no site brasiliapoetica.com.br
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Rangel, grato por suas palavras.
Claro que vc pode publicar no seu blog. Aproveite e informe aos seus leitores,que toda semana publico um poema novo, na maioria,de autoria do Martins.
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“nascentes de grandes rios”, “amo e amplio veredas”, “venero este bravo sertão” – declarações que parecem com você, vindo de um “sertão mais ao norte”. Também sinto as mesmas paixões por este lugar de aqui. Rita
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