Por Chico Sant´Anna, publicado originalmente na revista Brasil 247
O VAI-E-VEM DE POLÍTICOS DEMONSTRA CLARAMENTE QUE AS AGREMIAÇÕES NÃO MAIS CONSEGUEM ASSEGURAR UM PERFIL IDEOLÓGICO PROGRAMÁTICO ENTRE SEUS QUADROS
Em 2010, quando da montagem das coligações que iriam disputar o comando do GDF, o candidato do Psol, Antônio Carlos de Andrade, alertou aos quatro cantos que a “Turma da Mudança” de Agnelo Quiroz, composta por uma infinidade de partidos de todas as cores ideológicas, não daria certo e até inviabilizaria o governo local.
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Não precisou muito tempo para que os primeiros escândalos aparecessem e provocassem uma ruptura na tal Turma. O primeiro racha público veio do PPS. Partido, que para tentar garantir vagas nas Câmaras Federal e Legislativa, engoliu a seco todas suas críticas históricas ao PT e abraçou a candidatura Agnelo.
Diante das denúncias do escândalo Cachoeira e seus supostos vínculos na Capital Federal, decidiu abandonar a administração petista. Decidiu é modo de dizer. O rompimento foi imposto de cima para baixo pela direção nacional do partido, que precisou intervir na executiva distrital. Na Capital Federal, com visibilidade política, apenas Augusto Carvalho concordou com a posição adotada pelo presidente nacional do PPS, Roberto Freire.
Conseqüência: parlamentares e dirigentes da agremiação que ocupavam cargos no GDF preferiram se licenciar ou se desligar do PPS a perder a sinecura e o poder da máquina pública do GDF. Muitos dos que não tinham mandato eletivo optaram pelo minúsculo PHL. Outros, como o Cláudio Abrantes, Alírio Neto e Luzia de Paula, aguardam decisões da Justiça Eleitoral, para mudarem de partido, sem correr o risco de perderem os cargos para os quais foram eleitos.
Esta espera judicial pode agora ser desnecessária, com a criação do trigésimo partido político no Brasil: o PEN – Partido da Ecologia Nacional.
Em sua fundação, o PSD de Kassab recebeu egressos de vários partidos oposicionistas ao governo federal, em especial oriundos do DEM. Na nova sigla, poderiam se aproximar do Palácio do Planalto e saborear as benesses concedidas aos amigos do rei.
Com o PEN-DF pode acontecer a mesma coisa. Só que em sentido inverso. Para não terem que se distanciar do Buriti, parlamentares de partidos que decidiram fazer oposição a Agnelo encontram na nova sigla uma solução jurídica rápida para manterem atados os laços com o GDF. O Partido Pátria Livre do DF já tinha se valido desta fórmula ao receber o ex-democrata, deputado distrital, Raad Massouh, em suas fileiras. Fato que resultou numa secretaria para o ex-oposicionista.
É o típico caso do deputado Distrital, Israel Batista, que acaba de anunciar a saída do PDT para se filiar ao PEN. E com toda a segurança de não perder seu mandato, pois a Justiça Eleitoral autoriza parlamentares a deixarem uma agremiação para ingressar em outra em fase de fundação.
O PDT foi o segundo partido da base de Agnelo a romper com seu governo. Mas saiu do GDF com fraturas internas expostas. A postura de distanciamento era do senador Cristovam Buarque, porém rejeitada por Batista. Cristovam chegou a dar um ultimato: ou o distrital saia do GDF ou ele, senador, deixaria o PDT. Venceu Cristovam. Mas a vitória parece agora ser de Pirro, pois Batista, via PEN, volta com toda a sua turma à base política de Agnelo.
Para o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, essa migração de um partido a outro é uma “tentativa de burlar a moralidade dos mandatos”, que segundo o Supremo Tribunal Federal pertencem às siglas e não aos candidatos. Embora esteja com advogados tentando recuperar os mandatos dos ex-membros do PPS, ele reconhece que a própria justiça, ao julgar a criação do PSD, abriu uma folga no que era visto por alguns como uma camisa de força partidária.
Este vai-e-vem de políticos demonstra claramente que as agremiações não mais conseguem assegurar um perfil ideológico programático entre seus quadros. O noticiário informa que o próprio PT-DF está rachado, tendo o presidente da sigla, Policarpo Junior, iniciado a organização de uma dissidência interna, quando seu papel, enquanto presidente, deveria ser o de manter a unidade partidária. O certo é que os partidos, cada vez mais partidos, servem momentaneamente aos interesses deste ou daquele candidato. Eleitos, não se sentem obrigados a cumprir a cartilha partidária que prometeram obedecer. Quem fica a ver navios é o eleitor, cujo voto é cada vez mais desrespeitado pelos conchavos partidários e pelos interesses partidários de homens e mulheres políticas.
Mas nem sempre os que trocam de partido são os que desrespeitaram o partido e o eleitor. Vide o caso do PT que tem sistematicamente feito alianças que desrespeitam seus eleitores. O mesmo acontece para varios outros partidos. O candidato muitas vezes constrangido procura outro “lugar” pra frequentar. E o eleitor idem. Nada mais natural!
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Beth Moreno
Você tem razão, esta foi, inclusive, a razão do nascimento do Psol. Petistas descontentes com a linha liberal de Lula, que implementou a reforma da previdência, cassando vários direitos sociais, em seu primeiro mandato, e também com os escandalos do Mensalão, deixaram o PT para criar o Psol. Neste caso, creio que a saída foi justamente para preservar a identidade programática e ideológica.
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A LUSIA DE PAULA É SUPLENTE: UMA MACACA ESPERTA NA ARTE DE PULAR DE GALHO. O PPL ERA UMA TENDÊNCIA ASSIM COMO O PSOL, ORIGINÁRIA DO PARTIDO DE TRAPACEIROS(PT). O APOLINÁRIO TEM TODA A LIBERDADE DE MANIFESTAR SUA PRÓPRIA OPINIÃO E FUNDAR SUA TENDÊNCIA COM O INTUITO DE BARGANHAR ALGO, POIS EXPERIMENTOU O GOSTO E AS REGALIAS DO PODER LEGISLATIVO FEDERAL. ENQUANTO AO AO FISIOLOGISTA E TRAÍRA ISRAEL BATISTA , LUTARÁ PARA SE REELEGER A QUALQUER PREÇO…E NÓS DA PERIFERIA TEM QUE RECEBER ALBERGUE E CEMITÉRIO PORQUE 24 PILANTRAS VOTARAM E O ENGANELO SANCIONOU: MAIS A LUTA SÓ ESTÁ COMEÇANDO, PORQUE É DIFÍCIL MOBILIZAR UMA PERIFERIA ANESTESIADA E COM AS SUPOSTA LIDERANÇAS COMPRADAS PELO CORRUPTO ADM DE CEILÂNDIA E EM BREVE AS PESSOAS DECENTES DESMASCARARÁ ESTES NEGOCIANTES DA SURDINA….MINISTÉRIO pÙBLICO PARA SABER PARA ONDE FOI A VERBA PARA A CONSTRUÇÃO DO POSTO DE SAÚDE DA QNR, CONSTRUÇÃO DE UMA CRECHE DE ENSINO INTEGRAL, CONSTRUÇÃO DE UMA COLÉGIO NA VALOR DE QUASE
4 MILHÕES E ASSIM VAI OS DESVIOS DA ADM DE CEILÂNDIA>>>>>>>>>>
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Raimundo.
Até onde eu tenho conhecimento, o PPL é formado a partir dos militantes do MR-8, corrente que ficou na clandestinidade e por muitos anos compunha a ala quercista do PMDB.
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POVO SEM PARTIDO,
NÃO PERDE ELEIÇÃO
PARA PESQUISA, RÁDIO OU TELEVISÃO.
Só “A REVOLTA DAS BENGALAS E DAS CADEIRAS DE RODAS” pode deixar políticos mal intencionados sem sono,
provocar um grande estrago nos interesses da bandidagem: Transformar as urnas em “caldeirão do diabo” para corruptos e simpatizantes.
EXISTEM VÁRIAS CLASSES ENGAJADAS NOS INTERESSES DOS APOSENTADOS.
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