Com base no Correio Braziliense
O local foi batizado em homenagem a Aryon Dall’Igna Rodrigues, pesquisador paranaense que reuniu acervo de 20 mil peças ao longo de seis décadas
Num contexto em que a identidade indígena no país é subjugada pelos avanços dos novos tempos, Brasília inova e cria o primeiro instituto de línguas indígenas do Brasil, uma marco na história nacional. A instituição foi inaugurada dia 7/03/2013 e leva o nome do linguista brasileiro Aryon Dall’Igna Rodrigues, professor da Universidade de Brasília (UnB).
A iniciativa de professores da Universidade de Brasília pretende preservar e divulgar línguas ameaçadas de desaparecer e que representam a afirmação de identidade para vários povos.
Em 2013, segundo a reportagem do Correio Braziliense, o Instituto Socioambiental (ISA), apontava a existência no Brasil de 225 etnias indígenas, que falavam 180 línguas. (Em março de 2016, esse blog recebeu contribuição da professora Dra. Rosângela Corrêa, da Faculdade de Educação da UnB – vide na seção dos comentários abaixo – alertando que, segundo o censo do IBGE realizado em 2010,: a população brasileira soma 190.755.799 milhões de pessoas, sendo que 817.963 mil são indígenas, representando 305 diferentes etnias e foram registradas no país 274 línguas indígenas.)
Para conhecer a sonoridade de línguas indigenas, veja aqui o Hino Nacional cantado no idioma do povo Tikuna do Amazonas, na voz da cantora Djuena Tikuna .
O número de línguas indígenas ainda faladas é um pouco menor do que o de etnias, porque mais de vinte desses povos agora falam só o português, alguns passaram a falar a língua de um povo indígena vizinho e dois, no Amapá, falam o crioulo francês da Guiana. A distribuição é desigual, algumas dessas línguas são faladas por cerca de 20 mil pessoas e outras o são por menos de 20.
Assim como as demais línguas do mundo, por apresentarem semelhanças nas suas origens tornam-se parte de grupos linguísticos que são as famílias língüísticas, e estas por sua vez fazem parte de grupos ainda maiores, classificadas como troncos lingüísticos. Os troncos com maior número de línguas são o macro-tupi e o macro-jê.
Veja aqui a reportagem da TV Brasil sobre o tema
Cadê o crédito da foto?
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Janine, infelizmente, à época, 2013, a foto era atribuída só ao Correio Braziliense, como está assinalado na legenda. Mas se você tiver a informação correta do profissional autor da foto terei o prazer em divulgar.
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Lindo! Nunca devemos esquecer quem somos ou de onde viemos. Isso vale pra todos. Sempre que posso visito minha aldeia.
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Muito boa a iniciativa de preservar a cultura brasileira original.
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Isso é maravilhoso!
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Tenho orgulho de pertencer a este povo por parte de minha mãe que tantos conhecimentos me transmitiu .
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Olá tudo bem, vcs poderiam dar aulas a distância destas línguas..eu gostaria de participar.
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Caro Geraldo
Você deve encaminhar a sua consulta à Universidade de Brasília. Esse blog é independente, não tem vínculos com a instituição.
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Parabéns aos criadores do Instituto, na UNILA possui a língua Guarani como obrigatórias nos cursos de Letras, e optativas para toda a universidade. Este prof. tem a satisfação de ministrar a língua Guarani em suas diversas variações linguísticas; paraguaia (e kaiowa), mbya (e ava), boliviano e do norte da argentina.
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Prezado Chico Sant’Anna,
Eu sugiro que você atualize os dados referentes aos povos indígenas no Brasil neste texto de acordo com o censo do IBGE realizado em 2010: a população brasileira soma 190.755.799 milhões de pessoas, sendo que 817.963 mil são indígenas, representando 305 diferentes etnias e foram registradas no país 274 línguas indígenas.
Consultar: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/periodicos/95/cd_2010_indigenas_universo.pdf
O Censo Demográfico de 2010 vem preencher uma importante lacuna que é de conhecer a
existência de uma notável sociodiversidade indígena no Brasil, portanto, não é possível que a imprensa brasileira continue usando o termo índio, contrariando a própria Constituição Brasileira de 1988 que afirma POVOS INDÍGENAS.
Agradeço a sua atenção e me despeço.
Cordialmente,
Profa. Dra. Rosângela Corrêa
Faculdade de Educação
Universidade de Brasília
Campus Universitário Darcy Ribeiro
70904-970 – Asa Norte – Brasília/DF
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Cara professora.
Muito grato pelas suas informações.
Esta nota tem 3 anos que foi publicada e por algum motivo da Internet ela passou agora a ser lida intensamente.
Mas farei os acréscimos que sugere.
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Maravilhoso. Eu sou descendente de paraguaios e falo o Guarani do Paraguai. Acho importante preservar a cultura, a língua enfim a identidade def cada povo, etnia.
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Sou Indígena da Etnia PURI , e LINGUA PURI do Tronco Macro-gê . Também gostaria de ver nossa língua estudada na escolas Municipais ,Estaduais e Universidades. Não estamos extintos, Eu existo!!! . Schuteh M’ripon . (Boa noite).
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