Em 1974 usei o mote deste poema em uma página inteira do Correio Braziliense para tocar na questão indígena e levei algumas, digamos, “advertências” por mexer em “área sensível para a repressão” (a outra área considerada “explosiva” era o racismo – esta causou até demissão) – usei o mote índio-ódio (também, brilhantemente tratado pelo meu querido irmão de luta Reynaldo Jardim, como tudo dele) – na página tinha, ainda, uma foto de uma índia esquálida, mão estendida em um misto de súplica e esmola com o texto: “na beira da BRzil a mão outrora útil esmola, agora, fútil, à margem do BRzil” (aí mais razão para “advertência” pelo delírio da ditadura Brasil Grande transamazônico)…mas a roda circula, a pomba gira e a lusitana roda…hoje, 19 abril, na semana do abril indígena, brotam ocupações simbólicas nos cenários do Estado.
TT Catalão