ariramba-de-cauda-ruiva 3 Rodrigo DAlessandro
Foto de Rodrigo D’Alessandro

Textos com base no Wiki Aves, a Enciclopédia das aves do Brasil.
Fotos de Rodrigo D’Alessandro e da Wiki Aves.

A ariramba-de-cauda-ruiva é uma ave galbuliforme da família Galbulidae. É a espécie do gênero Galbula mais conhecida e com maior área de ocorrência. Também é conhecida como ariramba-de-cauda-castanha, beija-flor-d’água, beija-flor-da-mata-virgem, beija-flor-do-mato-virgem, beija-flor-grande, bico-de-agulha, bico-de-agulha-de-rabo-vermelho, bico-de-sovela, cuitelão.

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Foto de Rodrigo D’Alessandro

Ocorre em boa parte do Brasil – exceto nos extremos Norte e Sul do país -, nas áreas florestadas e secas, nos ambientes mais adensados, especialmente em suas bordas e clareiras. Em algumas Regiões possui nome especial, como em Pernambuco, é conhecida por  fura-barreira ou fura-barriga. E, Minas Gerais chamam de guainumbi-guaçu, sovelão(MG) e no Maranhão, de barra-do-dia.

Características

À primeira vista, parece um grande beija-flor, devido tanto ao seu bico longo e fino, quanto à coloração verde-amarelada iridescente de grande parte da plumagem (semelhança responsável por um dos nomes comuns). Nos machos adultos, a garganta é branca, enquanto na fêmea e nos machos juvenis ela é ferrugínea.

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Foto de Rodrigo D’Alessandro

Hábitos

Além das cores e hábitos, outra característica especial dessa espécie é o canto. Não há como confundir: o chamado mais freqüente é como uma risada, iniciando-se espaçada e acelerando no final, até ficar extremamente aguda.

Um membro do casal responde ao outro seguidamente. Pelo timbre, imagina-se que seja uma ave menor produzindo-o. Ativo durante todo o dia, mesmo nas horas mais quentes, é sempre inesquecível vê-la sob a luz forte do sol.

Ouça aqui o canto da Ariramba-de-cauda-ruiva.

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Foto de Rodrigo D’Alessandro

Alimentação

Caçam exclusivamente insetos em vôo, com grande destreza e velocidade para apanhar presas desde o tamanho de uma pequena abelha sem ferrão (meliponídeos) até libélulas e mariposas. Após capturarem o inseto, voltam ao ponto de partida e batem-no repetidamente contra o poleiro, retirando asas e quebrando a carapaça externa, o que irá facilitar a ingestão. Logo após processarem uma presa, voltam a prestar atenção aos movimentos no entorno, com rápidos movimentos de cabeça sublinhados pelo longo bico.

Reprodução

Vivem em casais o ano inteiro, com os filhotes sendo alimentados pelos pais por algumas semanas após sairem dos ninhos. Cavam galerias estreitas e compridas nas barrancas de rios, em cupinzeiros nas árvores ou nos torrões de terra presos nas raízes de grandes árvores tombadas (o nome fura-barreira nasceu dessa característica). Na base da entrada da galeria, é possível ver as pequenas depressões laterais feitas pelos pés das aves chegando e partindo. Macho e fêmea chocam até 4 ovos por ninhada.

Pousa em galhos e cipós expostos, desde 1 metro do chão até 4 metros de altura. Esses poleiros são usados seguidamente como pontos de espreita das presas e locais de alimentação. Uma vez localizados, facilitam o encontro dessa ave espetacular, representante de uma família exclusiva das Américas.

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