Por Chico Sant’Anna
Brasília foi uma das 36 cidades ofertadas pelo Brasil para hospedar as seleções das 32 nações que estarão disputando o Mundial de 2014. Nenhum país optou pela cidade enquanto sede para a hospedagem e treinamento de suas equipes e delegações.
Cidades do interior paulista foram as preferidas, pois contam com estruturas bem montadas para treinamentos dos atletas, os chamados CTs. Nada menos do que quinze seleções estrangeiras vão se instalar e treinar no Estado de São Paulo. (Veja ao final a relação das cidades que hospedarão seleções estrangeiras).
A falta de estrutura de nível na Capital Federal, em especial centros de treinamentos de qualidade, teria sido o principal motivo da exclusão do DF. Quando Brasília foi escolhida para ser sede, chegou-se a pensar que esta poderia ser uma oportunidade para alavancar o Centro Olimpico da Universidade de Brasília, dotando-o de equipamentos de ponta. Mas ficou só na idéia. O Bezerrão, no Gama, também foi um local pensado.
Analistas informam também que, apesar das embaixadas estrangeiras estarem instaladas na Capital Federal, faltou ao GDF uma ação pró-ativa, contatando os diversos países e equipes, “vendendo o peixe” da cidade, como se diz popularmente. Teria ficado esperando o interesse estrangeiro.
O GDF de Agnelo e o governo federal venderam a Copa como uma fonte capaz de colocar Brasília no circuito internacional de turismo, trazer mais gringos e assim oxigenar a economia local com emprego e renda.
Para tanto, investiram quase R$ 2 bi num monstrengo de estadio que já tem goteiras.
Os famosos legados na área de transporte não vao acontecer. Expansão do Metro: a obra nem começou e está há dois anos atrasada. O VLT, idem. E tudo isso com o governo federal assegurando a verba necessária às obras dentro do Pac da Mobilidade e o da Copa. Ganhamos um corredor expresso de ônibus que destruiu o Balão do Aeroporto, e que está atrasado há pelo menos seis meses. Não é certo que esteja em operação antes de a bola rolar.
A Copa das Confederações atraiu a Brasilia, menos de 500 turistas estrangeiros. E tudo indica que serão os brasileiros a maioria dos torcedores nos jogos do Mané Garrincha.
A decisão por parte das seleções estrangeiras, pela qual nenhuma das 32 equipes optou em se hospedar no DF é mais um baque na economia, pois serão menos turistas, menos jornalistas, menos empregos em bares e restaurantes, menos renda.
O GDF, que fez um estádio para 70 mil pessoas, tinha a fantasia de poder abrir a copa do mundo. Não conseguiu. Depois, pensou em ser a sede da mídia internacional, perdeu pro Rio de Janeiro. Em seguida, sonhou com a cerimoniazinha do sorteio das chaves, também dançou. Mais do que simples agendas e etapas do Mundial, todos são eventos que poderiam carrear milhões de dolares e dar mais visibilidade à cidade.
Mas o governo Agnelo não teve força política para materializar suas ambições. Nem junto a Fifa, nem junto a Dilma Russef.
Os turistas virão, quase que exclusivamente, para ver os jogos. Já há pacotes em que o torcedor chega no aeroporto, será transferido a um ônibus especial que o levará direto ao estádio para ver o jogo. E, ao seu término, de volta ao aeroporto.
Nada de se hospedar na cidade, gastar nos shoppings, ir na Feira da Torre, visitar os pontos turisticos. Nem churrasquinho de gato. Comes e bebes, só dentro do estádio, todo ele sob o monopólio da Fifa. Os ônibus também já foram reservados pelas empresas da Fifa.
Ou seja, de legado, teremos dois bilhões em despesas do Mané Garrincha, que poderiam ter reforçado a Saúde, Educação e Segurança, além da mobilidade urbana, tudo muito precário nesta administração.
Confira abaixo onde cada seleção vai treinar:
Alagoas
Gana: Maceió
Alemanha vai se concentrar em resort em Santa Cruz de Cabrália Foto: Reuters
Alemanha vai se concentrar em resort em Santa Cruz de Cabrália
Foto: Reuters
Bahia
- Alemanha: Santa Cruz de Cabrália
- Croácia: Mata de São João
- Suíça: Porto Seguro
Espírito Santo
- Austrália: Vitória
- Camarões: Vitória
Minas Gerais
- Argentina: Belo Horizonte
- Chile: Belo Horizonte
- Uruguai: Sete Lagoas
Paraná
- Coreia do Sul: Foz do Iguaçu
- Espanha: Curitiba
Rio de Janeiro
- Brasil: Teresópolis
- Holanda: Rio de Janeiro
- Inglaterra: Rio de Janeiro
- Itália: Mangaratiba
Rio Grande do Sul
- Equador: Viamão
São Paulo
- Argélia: Sorocaba
- Bélgica: Mogi das Cruzes
- Bósnia e Herzegovina: Guarujá
- Colômbia: Cotia
- Costa do Marfim: Águas de Lindoia
- Costa Rica: Santos
- Estados Unidos: São Paulo
- França: Ribeirão Preto
- Honduras: Porto Feliz
- Irã: Guarulhos
- Japão: Itu
- México: Santos
- Nigéria: Campinas
- Portugal: Campinas
- Rússia: Itu
Sergipe
- Grécia: Aracaju
Às 17h50, do dia 15/01, recebi uma nota de esclarecimento da Coordenadoria de Comunicação para a Copa, um órgão do GDF, a qual transcrevo abaixo. A nota oficial está em azul e em preto os comentários deste blogueiro
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Brasília, 15 de janeiro de 2013.
Em relação à nota publicada nesta quarta-feira (15/01) no blog do Chico Santanna, a Coordenadoria de Comunicação para a Copa (ComCopa) esclarece que:
CENTROS DE TREINAMENTO
Não é verdade que Brasília firmou compromissos com o objetivo de hospedar as seleções que disputarão o Mundial de 2014. Nem houve projeto de reforma do Centro Olímpico da UnB. O blog novamente mistura informações e cria a falsa impressão de que Brasília não se preparou para a Copa do Mundo.
Os investimentos realizados com o objetivo de oferecer centros de treinamento durante a Copa do Mundo foram iniciativas do setor privado em todo o país, que apostou nas oportunidades de desenvolvimento geradas pelo Mundial.
Não se tratava, portanto, de uma obrigação do GDF para o evento. A atual gestão assegurou infraestrutura necessária para receber o número máximo de jogos da Copa e, com isso, abriu as portas da capital federal para a agenda internacional de grandes eventos.
A Coordenadoria de Comunicação da Copa, parece não ter lido com atenção a menção feita à UnB, por isso a transcrevo novamente aqui:
“Quando Brasília foi escolhida para ser sede, chegou-se a pensar que esta poderia ser uma oportunidade para alavancar o Centro Olimpico da Universidade de Brasília, dotando-o de equipamentos de ponta. Mas ficou só na idéia.”
Não há qualquer menção quanto a quem financiaria tal projeto. Quanto a ambição da UnB ter sido um centro de treinamento para alguma das seleções, clique aqui e veja matéria publicada, em 8/11/2010, pela própria agência de notícias da UnB. A obra de melhorias era estimada em R$ 303 milhões. Não há, portanto, nenhuma inverdade afirmada pelo autor, como alega a secretaria de Comunicação da Copa.
CIRCUITO MUNDIAL
Brasília já entrou no circuito internacional dos grandes eventos esportivos. Em 2016, Brasília será Subsede Olímpica, recebendo eventos do futebol feminino e modalidades náuticas. A Capital da República também vai sediar, em 2019, a Universíade, que reúne atletas universitários de todo o mundo, e o estádio teve um papel importante na escolha da cidade.
São dois grandes exemplos de que o GDF acertou ao construir o Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, que não é apenas o mais novo monumento da cidade, mas gera riqueza, o que beneficia direta e indiretamente diversos setores da sociedade, inclusive saúde e educação.
O GDF, segundo a nota da Cordenadoria de Comunicação da Copa, deseja agora justificar a construção do mega estádio com eventos que irão acontecer a partir de 2016. A Copa das Confederações já se mostrou impotente para atrair turistas estrangeiros a Brasília. Foram menos de 500 pessoas, e o governo local agora aposta nas Olimpíadas de 2016.
TURISMO INTERNACIONAL
O blog erra em sua projeção sobre a presença de turistas durante o Mundial de futebol. Pesquisa da FGV aponta que no período da Copa, quando Brasília receberá sete jogos, 600 mil turistas passarão pela cidade, sendo 400 mil brasileiros e 200 mil estrangeiros. O mesmo estudo também revela um aporte de R$ 4 bilhões na economia do DF com o evento.
É dificil dizer quem está certo: se o Ministério do Turismo, ao afirmar que para a toda a Copa do Mundo virão ao Brasil 600 mil turistas estrangeiros. Repito, para todo o país. Ou, se o GDF, que afirma acima que 200 mil estarão em Brasília, não sendo a cidade palco nem da abertura nem da partida final do evento.
Junho está chegando e será possível saber quantos turistas estrangeiros efetivamente terão vindo à Capital Federal. Outro dado que o GDF não menciona, é a expectativa de permanência destes turistas na cidade. Serão horas ou dias?
RECORDE DE PÚBLICO
O blog também ignora informações amplamente divulgadas sobre os números alcançados com a agenda do Mané Garrincha, acima da média nacional. Em sete meses de operação, teve a maior média de público por partida de futebol. Recebeu mais de 640 mil pessoas em 27 eventos e garantiu um retorno imediato de R$ 3 milhões aos cofres do DF.
O blog focou sua análise no mundial de futebol. A coordenadoria informa que o GDF arrecadou com o estádio R$ 3 milhões aos cofres do GDF, deixa de informar, contudo, que as partidas do Campeonato Brasileiro realizadas em Brasília tiveram renda de R$ 25.638.225. Ou seja, o Mané Garrincha está virando uma máquina de exportar dinheiro, já que os clubes do Rio de Janeiro e São paulo voltaram para as suas cidades com cerca de R$ 22 milhões da poupança do brasiliense.
Também não fala das reformas que estão sendo necessárias para sanar, dentre outros problemas, as goteiras já existente no estádio, cuja cobertura custou a bagatela de R$ 209 milhões , ao contribuinte do Distrito Federal.
CUSTOS DO ESTÁDIO
Ressaltamos, mais uma vez, que o investimento realizado pelo Governo do Distrito Federal na construção do estádio Mané Garrincha foi de R$ 1,4 bilhão, sendo que sobre essa quantia está prevista a aplicação do redutor do Recopa. Dessa forma, o valor final da obra ficará em aproximadamente R$ 1,2 bilhão, e não quase R$ 2 bilhões, como publicado na reportagem.
Traduzindo para o leitor, “redutor copa” significa isenção de impostos.
O GDF quer reduzir o custo final do estádio, alegando uma potencial isenção fiscal, ainda não assegurada definitivamente ao DF, referente aos valores que deveriam entrar nos cofres públicos a titulo de impostos. O dinheiro que não entraria numa porta, poderia até reduzir nominalmente o preço da obra, mas este mesmo valor deixará de entra pela outra porta que é o caixa da receita pública. Arquiteturas contábeis.
R$ 4 BILHÕES PARA O DF
Destacamos, ainda, que para cada R$ 1 investido na arena, o Governo do Distrito Federal assegurou outros R$ 3 para infraestrutura, mobilidade urbana e segurança em todo o DF, o que ficará como legado dos grandes eventos para a cidade.
São R$ 4 bilhões em recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, somados ao orçamento local, que foram destinados ao Distrito Federal, por ser Brasília cidade-sede da Copa do Mundo. Os projetos estão em execução, dentro do previsto.
Entre eles, a ampliação da DF-047, obra que integra a Matriz de Responsabilidades para a Copa e não destruiu o balão do aeroporto, como afirma o blog. A região concentra dois projetos de alta relevância para a mobilidade urbana do DF, setor que recebe investimentos pesados do GDF, ao contrário do que sugere a reportagem. Milhares de passageiros serão beneficiados com a conclusão dos projetos, que ocorrerá antes da Copa. Os prazos corretos são omitidos pelo blog, da mesma forma que as ações inéditas em setores como Educação e Segurança, além da Saúde, que já recebeu em recursos para melhorias, neste governo, cinco vezes o valor total investido no Mané Garrincha.
Se o balão do aeroporto foi destruído ou não, deixo o juizo de valor ao leitor, que pode observar as fotos clicando neste link.
Quanto às datas de inauguração da obra do BRT, estas já foram adiadas duas vezes e existem fotos das placas oficiais para comprovar.
De fato, como dito no texto pelo blogueiro, o governo federal alocou importantes somas de valores para obras de mobilidade, mas estas obras não estão saindo do papel.
A expansão do metrô à Asa Norte, Ceilândia e Samambaia, com mais 7,5 quilômetros de extensão e cinco novas estações, que deveria ter sido entregue no final do ano passado, segundo informava a própria página na internet da Cia do Metrô, ainda, nem começou. Também não teve início a obra do VLT, que ligaria o Aeroporto ao Plano Piloto
Samanta Sallun
Coordenadora de Comunicação para a Copa
O pessoal da Coordenadoria de Comunicação para a Copa está trabalhando muito. E estou contente que são fieis leitores deste blog, o que me deixa muito grato.
Pois bem, às 23h58, do dia 16 – quase meia-noite, olha a hora extra e o adicional noturno gente – recebi da Coordenadoria um complemento aos esclarecimentos acima postados, alguns delesrelativos a tréplica por mim apresentada. Transcrevo na íntegra, abaixo, a segunda nota do GDF e entendo que as informações que deveria postar já as foram feitas e demonstradas, que esta segunda nota apenas reafirma as informações que publiquei, cabendo ao leitor fazer seu juizo de valor. Não havendo, portanto, necessidade de se gerar um vai-e-vem de réplicas e tréplicas.
A nota da Coordenadoria, como antes, segue em azul.
Sobre a publicação “FIFA dá mais um drible nas pretensões de Brasília”, a Coordenadoria de Comunicação para a Copa (ComCopa) novamente esclarece ao blog que:
Os números relativos à renda das partidas realizadas no Mané Garrincha foram amplamente divulgados e podem ser consultados pelos leitores no Portal Brasília na Copa, que tem entre seus destaques a reportagem “Estreia campeã”. Os dados a que o blog Brasília por Chico Santanna se refere são justamente resultado do levantamento produzido e publicado pela ComCopa.
Também esclarecemos ao blog e aos seus leitores que a construção do Mané Garrincha tem garantia de CINCO ANOS. Qualquer reparo na estrutura, realizado nesse período, está isento de pagamento pelo GDF. Não há reforma e nem custo adicional.
Esclarecemos também que a proposta de reforma do Centro Olímpico da Universidade de Brasília está inserida na agenda da cidade para a Universíade, que ocorrerá na capital federal em 2019. O blog faz menção às primeiras tratativas para execução das melhorias, quando o projeto se tornou público, mas omite definições posteriores. A obra será um dos grandes legados da Universíade, cuja realização em Brasília ocorre graças à demonstração de que a cidade já possui equipamentos públicos de alto padrão para o evento, como o Mané Garrincha.
Por fim, informamos que a ComCopa é uma Coordenadoria, não Secretaria de Comunicação para a Copa. (Já fiz a devida correção no texto de secretaria para coordenadoria)
Samanta Sallun
Coordenadora de Comunicação para a Copa
O GDF está colocando os pés pelas mãos. Sempre com desculpas. Dinheiro mal empregado. Esse estádio além de problemas com infiltrações, tem um péssimo sistema acústico. Principalmente nos shows que tem ocorrido lá. A acústica necessita de equipamento excepcionais para atender a todos que lá estão, principalmente no anel superior. Continue a colaborar com informações relevantes.
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Bom, o que sei é que os Hospitais do Plano Piloto, como o HRAN, o Hospital de Base, o HRT de Taguatinga, o Hospital do Gama.. meu deus.. do Gama.. todos esses não tem algodão, seringa, quanto mais estrutura física, de equipamentos e pessoal suficiente para atender a demanda, os hospitais particulares cobram absurdos, planos de saúde também e também deixam a desejar no atendimento, os novos ônibus não impactaram em absolutamente nada de visível valor aos caos do nosso transporte público… o nosso metrô é rídiculo… lento e lotado.. e sem integração.. (agora que começou a ensaiar os passos) .. nossa Cia de energia é vergonhosa e precária… e mesmo assim, ainda investiram mais de 1 Bilhão em um estádio de futebol…=/ aí depois alegam que faltam recursos para sequer tapar um buraco nas Avenidas de Taguatinga por exemplo, mas para recapear todas as pistas do plano por onde poderão passar os turistas da Copa, aí sim se pode fazer… enfim.. é muita falta de prioridade naquilo que realmente importa…. e isso não é coisa desse Governo não… vem de vários.. vamos abrir o olho!
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As pessoas opinam sem o necessário conhecimento da questão. Nem o estádio de Brasília nem os demais estádios construídos para a Copa receberam recursos públicos estaduais ou federais, a não ser financiamentos do BNDES para empresas privadas que se interessaram em ali investir, com vistas ao retorno financeiro que a Copa proporciona. Assim, investimentos públicos em infraestrutura social não são custos de oportunidade para os investimentos em estádio.
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Caro Paulo CT.
Creio que o senhor não está devidamente informado sobre a origem da verba utilizada no Estádio Mané Garrincha.
A obra recebeu sim verba pública. A grande maioria decorrente da venda de imóveis (terrenos) de propriedade do Distrito Federal, ou seja alienação de bem público, realizada pela Terracap, empresa pública que administra o patrimônio imobiliário do DF. Tradicionalmente, as receitas da Terracap, como ela anuncia na TV, são utilizadas na estrutura pública do DF.
Além disso, O Mané Garrincha recebeu recurso fiscal, ou seja, decorrente do IPTU, IPVA, ISS e ICMS que todos nós pagamos. Basta o senhor olhar os remanejamentos de verbas do Orçamento do DF, ocorridos desde o início da obra. Agora mesmo, R$ 150 milhões que seriam utilizados nas obras de urbanização do setor Noroeste foram transferidos para as REFORMAS do estádio.
Em exercícios anteriores, o mesmo ocorreu, principalmente com verbas que seriam para obras estruturantes no DF, tais como a execução do VLT.
Houve ainda renuncia fiscal, ou seja, as unidades da Federação qeu sediarão estádios e a própria União deixaram de receber impostos, em função de leis reduziram alguns e eliminou outros impostos. Desta forma, recursos que seriam para Educação, Saúde e outras responsabilidades do Poder Público, em especial aquelas financiadas por transferências dos Fundos de Participação de Estados e Municípios, foram ligeiramente desidratados.
Brasília não recebeu financiamento do BNDES, mas vários estados, enquanto entes públicos os receberam, sim. O senhor não está bem informado. Fórmulas como o Itaquerão, de São Paulo, que o financiamento foi do BNDES às empresas construtoras, só ocorreram nas sedes onde os estádios não são do poder público e sim propriedade privada dos Clubes.
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Você é inocente demais!
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Samanta Sallun comete o erro mais grave de um péssimo comerciante: em vez de propor melhorias, fica atacando quem está fazendo críticas construtivas para melhorar a administração do governo.
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Pior de tudo é ver que o novo estádio está servindo para tudo, menos para servir ao futebol local. Em Fortaleza, no último fim de semana, o modesto Ferroviário pôde mandar seu jogo no Castelão, para um público pequeno. Já por aqui, os clubes locais não podem jogar no estádio, mas, para os clubes de outros estados, as portas estão escancaradas.
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“Ressaltamos, mais uma vez, que o investimento realizado pelo Governo do Distrito Federal na construção do estádio Mané Garrincha foi de R$ 1,4 bilhão” – e nos demais estádios do DF, que estão caindo aos pedaços? O campeonato local está caminhando a duras penas, também por haver poucos estádios disponíveis. Enquanto isso, o novo Mané Garrincha está lá, belo e imponente, sem ser usado nos jogos do “Candangão”.
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Pago pra ver se cidades como Mangaratiba, Porto Feliz, Aracaju, Santa Cruz de Cabrália, Mata de São João tem melhor infraestrutura esportiva que Brasília.
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Paulo CT
Sei que no caso de Santa Cruz de Cabrália, a Alemanha decidiu construir suas próprias instalações à beira mar. Não conheço os detalhes do que foi acordado com a municipalidade.
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Eu já imaginava isso tudo, Chico! Na Copa das Confederações, os taxistas estavam super esperançosos e no final disseram que além de não ter melhorado, piorou, pois qdo faziam uma corrida para o estádio a confusão era tanta que eles perdiam mto tempo no congestionamento para ir e voltar. De bom mesmo, só o Brasil ganhando em casa – mas isso é uma outra história!
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Chico Sant’Anna, parabéns por mais um texto simples, direto, informativo e incisivo. Irretocável. Já o estamos divulgando.
Quem dera o GDF tivesse tamanho poder de síntese e concisão nas respostas…
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Sem dizer o valor absurdo dos ingressos para assistir uma partida de futebol. Depois de tanto gastar o dinheiro da população na construção do estádio, cobraram que uma criança de 5 anos pagasse para fazer companhia ao seu pai, pois é a única coisa que uma criança dessa idade faz em um estádio. Isso é ridículo!!!
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E o Museu do Esporte que o GDF prometeu no Estádio que acrescentaria muito para Brasília?
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