Poema de Luiz Martins da Silva. Foto de Bento Viana
Brasília, cidade solar,
Seria Capital do Sol,
Pois daqui já se disse,
É bom, prevenir-se
Das colunatas de luz.
Brasília, noutra leitura,
É a Capital do Mercúrio,
Tantos são os dias áridos,
Tantas são as horas curtas,
Quantas, à beira de um surto.
Brasília, em se sabendo
Nobre metrópole de Vênus,
Vem a ser, me diz a lenda,
Rosa dos Ventos, planalto;
Estrela armorial no tempo.
Brasília, Capital marciana,
De tantas márcias e estelas,
De Kubitschecks ou não,
Saradas de tal por virem
De praias e orlas serenas.
Brasília, Capital de Júpiter,
Senhor deus dos panteões,
Dos impérios à República,
Sempre poderoso e jovem,
Eternamente rouco, povão.
Brasília já andou soturna,
Qual Capital de Saturno,
Mas, hoje, é toda de naves
Em pousos e decolagens
Da mesma galáxia ou não.
Brasília, Capital de Urano,
Dos pioneiros e piotários
À procura de um Éden,
Mas, pode ser o Eldorado
De faixa presidencial.
Brasília, Capital, Netuno.
Meca de gatas, gatunos
E barnabés concursados,
Engravatados de arroubos:
Sabe com quem tá falando?
Brasília, cidade dos eixos,
Sirenes no lusco-fusco
Dos róseos crepusculares
Contraluzes, planos e vales
Similares aos de Plutão.
Amei o poema de Luis Martins! realmente Brasilia não pertence apenas ao planeta terra ela de toda à galáxia.concordo em dividir a nossa linda cidade com e sistema solar. As fotos do Bento Paiva, também estão maravilhosas.
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