Por Luiz Martins da Silva. Foto de Chico Sant’Anna
Em sendo o oceano um aceiro
De suor seco em vidraça,
O delírio se faz saga
De um azul-cobalto fugaz.
Céu, prumo de marinheiro,
Lágrimas de pó e sal,
Viver longe de uma praia,
Diminutivo de dunas.
Crimes de ar e incenso,
Queima de fogos malsã.
Crematório de crepúsculo,
Câmara de seres ardentes.
Velas a palo seco
De brumas imaginárias.
Cerrado, saara remoto,
Vagas de ilusória névoa.
Distante aldeia tórrida,
De casario em torpor.
O oceano é quase ali
Na orla de um lago só.
Mestre. “O oceano é logo ali
Na orla de um lago só”.
Tornou mais leve o domingo seco.
Mais que um poema. Convite a um passeio na orla do lago norte. Função poética.
Movimentar o corpo e a mente iluminada por ele…
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