Poema de Luiz Martins da Silva. Foto de Chico Sant’Anna
Nem todo dia é de feira,
Nem todo dia é mercado.
Não somos donos de nós,
Nem do mês, nem do fiado.
Hora de fervor, oração:
‘Afasta de mim esta cesta
E me traz o mantimento
De um bom bocado que seja’.
Dentro de poucas horas,
Aparece o escondidinho,
Milagre de São Longuinho,
Achar o que não existia.
Dona de casa, a surpresa,
Revelação do certame.
É ela que faz milagres
Na alta gastronomia.
Espanto geral dos jurados,
O público aplaude de pé.
Qual é o nome do prato?
Receita do nada com fé.
Hahahahaha… Que delicia! Quem não amaria! Vivemos, nós que gostamos de cozinha. Fazendo pratos de nada com fé. Adorei! Obrigada mestre!
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sugestão de novo título: “Poema do ajuste fiscal” e com uma dedicatória “ao FMI”.
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