
Texto de Chico Sant’Anna, com base na WikiAves, a Enciclopédia das aves do Brasil, e no blog Zoologia. Fotos de Fernando Carvalho, Herbert Schubart, Lenimar Alcântara Caldas, Márcio Rojas e Rodrigo D’Alessandro. Agradecimentos aos grupos Observaves e Observadores de Aves
Eles são bem pequenos, menores do que a maioria dos outros espécimes de pica-pau. Não passam de dez a onze centímetros de comprimento e pesam, em média, dez gramas, apenas.

Mesmo assim, podem ser vistos em diversos pontos do Distrito Federal. Aqui, eles foram captados em áreas urbanas pelas lentes de Fernando Carvalho, nas quadras Octogonal, no Parque Olhos d’Água, na Asa Norte, por Márcio Rojas, e no Parque das Garças, no Lago Norte, próximo ao Clube do Congresso, por Herbert Schubart, e também na área rural do DF, como nas fotos de Lenimar Alcântara Caldas, na região administrativa de São Sebastião, e de Rodrigo D’Alessandro, na Estação Ecológica de Águas Emendadas, em Planaltina-DF.

O pica-pau-anão-escamado é uma ave piciforme da família Picidae. De pequeno porte, seu nome científico vem do francês: picumne, piculet = pequeno pica-pau; e do (latim) albus = branco; e squamatus = com escamas, escamado; albosquamatus = escamas brancas. ⇒ Pequeno pica-pau com escamas brancas.
Características

O macho possui o alto da cabeça com penas vermelhas, tipo um topete enquanto que a fêmea tem cabeça carijó. Os membros de um casal costumam estar próximos, comunicando-se entre si através de assobios finos, longos, muito característicos e mais fáceis de detectar, depois de aprendidos, do que as aves. Além desse chamado, como os outros pica-paus, também tamborilam nas árvores para demarcar território.
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Em um galho oco batem rapidamente uma sequência de pancadas com o bico. Esse som vai a grandes distâncias, avisando os vizinhos da presença dos donos do território.
Ao contrário dos outros pica-paus, a cauda possui as penas sem o enrijecimento central. Devido a isso, não a apoiam contra os galhos, firmando-se somente com os pés, os quais são desproporcionais em tamanho para conseguir sustentar a ave. Empoleiram tanto na vertical como na horizontal, movimentando-se aos saltos e alternando o pé de apoio.

Além do Distrito Federal, ele ocorre nos estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rondônia, São Paulo e Tocantins.
Os seus habitats naturais são: florestas secas tropicais ou subtropicais, florestas de terras baixas e úmidas tropicais ou subtropicais e savanas áridas.
Habita ambientes com árvores e arbustos, mais frequente nas matas ciliares dos rios, cerradões e matas. Anda tanto nos arbustos baixos, como na parte alta da copa.
Em termos de preservação da espécime, a situação do pica-pau-anão-escamado é considerada como “pouco preocupante”.
Estado de Conservação
(IUCN 3.1)
Pouco Preocupante

Existem duas subespécies:
- o Picumnus albosquamatus albosquamatus (Orbigny, 1840), mas comum na região que vai do Norte da Bolívia até o Sudoeste do Brasil, em Mato Grosso e na região adjacente do Norte do Paraguai.
- A outra subespécie é o Picumnus albosquamatus guttifer (Sundevall, 1866), comum no Brasil, em especial no trecho que vai do Leste de Mato Grosso até o estado do Pará, Maranhão, Goiás e Minas Gerais.
Hábitos e alimentação
O pica-pau-anão-escamado procura larvas de insetos escavando galhos mortos com pancadas vigorosas do bico, como os outros pica-paus. Encontrada a galeria onde está a broca, arranca pedaços do galho até atingir o inseto, “pescando” a presa com a longa língua viscosa. Acompanha bandos mistos, quando aves de várias espécies deslocam-se e caçam em grupo.

Reprodução
Segundo a Revista Brasileira de Ornitologia, os dados sobre a reprodução do pica-pau-anão-escamado (Picumnus albosquamatus) são bastante escassos na literatura científica.
Sabe-se que eles fazem seus ninhos, como registrado na foto de Lenimar Alcântara Caldas, em buracos em árvores.
São ninhos do tipo cavidade no tronco, às vezes com diâmetro de apenas três centímetros. Eles contam com túnel vertical.
Os filhotes são alimentados por ambos os pais, mas principalmente pela fêmea. Entretanto, não existem dados sobre o cuidado parental.
Em alguns estudos científicos, foi constatado que os filhotes permaneceram no ninho por pelo menos 13 dias, antes de ousar sair na natureza.
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