Foram identificadas 5.862 famílias brasilienses em situação crítica. Elas estão distribuídas por três cidades: São Sebastião, onde o quadro  é mais grave, Estrutural e Brazlândia. 

Por , publicado originalmente no Boletim Fecomércio.

São Sebastião é a região economicamente mais desfavorecida do Distrito Federal, segundo o Índice Multidimensional da Pobreza no DF, divulgado na quinta-feira (10/9), pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal – Codeplan. O estudo inédito, realizado de julho a setembro, identificou que 5.862 famílias brasilienses consideradas pobres encontram-se em situação crítica.

São Sebastião ocupa o primeiro lugar, com 2,58% das famílias em estado crítico, seguida da Estrutural (2,15%) e de Brazlândia (1,33%). Em números absolutos, são 715 famílias nessa situação em São Sebastião, 191 na Estrutural e 200 em Brazlândia. A análise foi feita com base no Cadastro Único do DF e averiguou aspectos que variam desde a renda até o tipo de moradia que essa parcela da população ocupa.

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Para analisar as gradações de pobreza, foram levados em conta 31 quesitos, envolvendo aspectos de moradia, educação, saúde, renda, estrutura familiar, inserção no mercado de trabalho, acesso a luz e esgoto e outros pontos relativos às condições das famílias.

Invasão da Estrutural
Dentre os moradores da Cidade Estrutural há uma incidência de 2,15% estão numa situação economicamente crítica. Foto de Chico Sant’Anna

De acordo com o estudo, a característica mais relevante para distinguir as famílias pobres do DF é a habitação. Questões como pisos e paredes de material inadequado, falta de abastecimento de água, escoamento sanitário impróprio, inexistência de coleta de lixo, calçamento precário e uso de energia elétrica indevido estão entre os pontos mais frequentes entre as residências consideradas de pobreza crítica. Os itens citados estão em mais de 99% das casas nessa faixa, mostrando as condições precárias de moradia para os mais pobres.

Programas habitacionais

O estudo possibilitou ainda apreciar a distribuição dos programas sociais do governo. Segundo a análise, o foco dos benefícios é positivo, mas existem pontos que precisam ser melhorados. Quanto ao Bolsa Família, por exemplo, 2,6 mil pessoas que têm direito a ele não o recebem.