Wilmar Luís da Silva, de camisa verde – que também foi secretário de José Roberto Arruda -, foi condenado por improbidade administrativa pelo TJDF. Foto: Jornal Coletivo.

 Com base no G-1 e no Metropoles

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal anda afiado contra ex-integrantes do GDF.

Depois de condenar o ex-secretário de Saúde do governo de Joaquim Roriz, José Geraldo Maciel, por ter contratado agência de publicidade sem licitação, agora foi a vez do ex-titular da secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Distrito Federal (Seapa),  Wilmar Luís da Silva e o ex-subsecretário de Apoio Operacional do órgão, Paulo Sávio Cardoso de Oliveira, serem condenados por irregularidades semelhantes.

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Os dois foram condenados por improbidade administrativa cometidas em 2006, durante a gestão de Maria de Lourdes Abadia, vice-governadora de Joaquim Roriz, que assumiu o Buriti entre março e dezembro de 2006, após o ex-governador desincompatibilizar-se para concorrer ao Senado Federal. Em agosto daquele ano, a empresa Colossal do Brasil Vigilância foi contratada sem licitação pública por R$ 2.959.884,00, por 180 dias, para operar 45 postos de vigilância armada da Emater.

A decisão foi tomada pelo juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, da Primeira Vara da Fazenda Pública do DF. Wilmar Luís da Silva, que também foi secretário de Agricultura de José Roberto Arruda, e seu auxiliar tiveram os direitos políticos suspensos por cinco anos e terão de pagar multa no valor de R$ 743.091,36.

A defesa argumentou que a dispensa de licitação foi realizada, porque não era possível aguardar o trâmite normal para a realização de um novo certame, sob pena de depredação do patrimônio local.

O juiz, porém, acatou os argumentos do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) de que a alegação de situação emergencial não era válida. “Não se justifica que se adote a urgência em contratações dessa natureza, que são ‘de trato sucessivo’”, argumentou o juiz na sentença.