Por Chico Sant’Anna
Com atrasos na contratação dos estudos técnicos, nova estação não entrará em funcionamento antes de meados de 2019.
Anunciada em 2009, no governo Arruda, re-anunciada diversas vezes entre 2010 e 2014, no governo Agnelo, a contratação dos estudos técnicos para a ampliação do metrô sentido Asa Norte e da implementação do veículo leve sobre trilhos – VLT no Plano Piloto sofre novo atraso, agora de dois meses, o que postergará o início das obras, anteriormente previsto para janeiro de 2017.
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O novo prazo para a entrega da documentação e das propostas será em 21 de novembro de 2016 — originalmente seria em 23 de setembro. Nesta data será aberta a inscrição de empresas interessadas em elaborar o estudo técnico da extensão da linha do metrô e também os estudos técnicos para a implementação do VLT, que passará pelo Eixo Monumental. A ampliação do metrô compreende um trecho de, aproximadamente um quilômetro, entre a Estação Rodoviária e as proximidades do Hospital Regional da Asa Norte – HRAN. O atraso na contratação do projeto do VLT será de 90 dias, já que ele deveria ter sido contratado em agosto de 2016, segundo cronograma do próprio GDF.
O motivo deste atraso, segundo informa a Companhia do Metrô, é que a concorrência fora suspensa por decisão do Tribunal de Contas do Distrito Federal, devido a falhas no edital.
Agora, com as exigências cumpridas, o prazo foi reaberto, conforme publicação no Diário Oficial do DF da quinta-feira (6/10). Tecnicamente, o GDF quer contratar a elaboração de estudo, modelagem e macrossimulação de demanda na Área Central de Brasília visando à análise de projetos metroviários para a expansão da linha 01 do Metrô para a Asa Norte e de implantação das linhas 1 e 2 do VLT. A empresa que vencer a licitação fará levantamento da demanda do transporte nas áreas a serem atendidas. Ela verificará que público usará os terminais e em que pontos eles são mais necessários. O mesmo será feito para o VLT, que sairá da antiga Rodoferroviária de Brasília e seguirá até a Esplanada dos Ministérios. Ele é mais lento que o metrô, pois interage com o tráfego local, como semáforos e faixas de pedestre.
A Companhia do Metrô espera dispender R$ 2.172.394,28 com tais estudos. A verba é proveniente do governo federal, do Pac da Mobilidade, definidos ainda nos governos Lula e Dilma. Nesse edital, não está compreendidos os estudos e as obras de expansão do metrô na Ceilândia, até o Setor O, e até a Expansão de Samambaia.
Considerando que pelo edital da Cia do Metrô, o prazo de execução dos serviços deverá ser de oito meses contados a partir do primeiro dia útil subsequente ao recebimento da Ordem de Serviço. não se deve esperar que as obras efetivas de ampliação do metrô da Asa Norte comecem antes de agosto de 2017. Isso significa que a entrega deste trecho não ocorrerá mais, como previsto, em julho de 2018, postergando, na melhor das hipóteses, para meados do primeiro semestre de 2019.
por Chico Sant'Anna 