Um passeio digno dos melhores programas europeus bem pertinho da gente
Por Marcelo Albuquerque. Publicado originalmente no Curta Mais
Pirenópolis, a 120 km de Goiânia e 140 km de Brasília, guarda verdadeiros tesouros que vão além de prédios históricos e cachoeiras. Curta Mais preparou um roteiro cheio de charme e boas surpresas pelo caminho para quem quer fugir do óbvio até chegar a Piri, como a cidade é carinhosamente chamada pelos mais íntimos.
No trajeto, algumas preciosidades dignas dos bons programas europeus com direito a vinhos premiados, queijos finos e bistrozinho de alta gastronomia com vista panorâmica. Tudo isso em pleno Cerrado, fácil acesso e bem pertinho das duas capitais.
A primeira parada, na BR-060, é no Alambique Cambéba. A cachaçaria fica em Alexânia, pertinho do Outlet Premium e quem olha por fora não dá muita atenção, mas por dentro a surpresa é garantida. Ambiente retrô, adega subterrânea com barris de carvalho e um bistrô com uma vista de tirar o fôlego.

Enquanto isso no município de Cocalzinho de Goiás, às margens do Rio Corumbá, cravada na Serra dos Pireneus, outra atração improvável – uma vinícola de uvas europeias!
A Fazenda Pireneus Vinhos e Vinhedos, do médico e sommelier Marcelo Souza, produz vinhos nacionalmente reconhecidos e apreciados desde 2010: os vinhos Bandeiras e Intrépido. Premiado com o título de melhor tinto pelo Anuário de Vinhos Brasileiro do Instituto Brasileiro de Vinhos de 2012.

O Bandeiras é produzido com a italiana uva barbera, e recebeu o nome em homenagem aos bandeirantes, que descobriram a região onde as uvas são cultivadas. O Intrépido, por sua vez, é produzido com uvas francesas syrah, e representa a iniciativa corajosa e pioneira em produzir vinhos em uma região improvável.
Outro achado é a Queijaria Alpina comandada pelo suíço Stephan Gaehwiler. O produto já conquistou paladares mais exigentes e pode ser encontrado em alguns empórios e restaurantes de Brasília, tudo sob encomenda já que a produção é 100% artesanal e limitada.
Os queijos são feitos a partir de vacas leiteiras da raça pardo-suíço, a mesma que fornece os laticínios mais tradicionais do país dos Alpes. A queijaria conta com duas estufas e equipamentos que reproduzem o clima e a umidade comum na Suíça, algo realizado após muito estudo e testes. O acesso é feito por uma estradinha de terra, o que deixa o passeio ainda mais “fora da caixa”. É possível comprar diretamente e fazer degustação no local com agendamento prévio.
Republicou isso em O LADO ESCURO DA LUA.
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