Um restaurante oriental instalou sua central de gás no próprio estacionamento de veículos, colada ao passeio público e defronte a outros estabelecimentos, que no caso de vazamento de gás poderão ser afetados.
Por Chico Sant’Anna
As normas de segurança são bem claras: uma central de gás de cozinha deve ficar afastada pelo menos três metros da passagem ou estacionamento de veículos. Mesma distância deve separar do passeio público e a, pelo menos, 1,5 metro de portas e janelas. Os nichos, espécies de armários em são instalados os botijões de GLP, devem dispor de extintor de incêndio e estarem protegidos contra colisão de veículos.

Mas não é isso que acontece no Núcleo Bandeirante, cidade satélite administrada por um egresso do Corpo de Bombeiros do DF, o suplente de deputado distrital, Roosevelt Vilela – PSB.
Há poucos metros da sede da Administração Regional, um restaurante oriental instalou sua central de gás no próprio estacionamento de veículos, colada ao passeio público e defronte a outros estabelecimentos, que no caso de vazamento de gás poderão ser afetados. Motos e carros param colados à central. No caso de um acidente, o passeio público vai virar uma espécie de “corredor da morte”.
Não há extintores, a sinalização exigida não foi instalada, muito menos balizas que impeçam um motorista desavisado a abalroar os tambores que levam cada um, 45 quilos de gás liquefeito de petróleo.
Procurado pela coluna, Roosevelt Vilela informou que no Núcleo Bandeirante, os prédios são geminados e não possuem espaço adequado para a colocação de central de gás e o estacionamento acaba sendo a única opção. “O projeto da central de gás deve ser aprovado pelo Corpo de Bombeiros e deve ser pago uma taxa de ocupação de área pública. O que não ocorreu e por isso inclui a denúncia no sistema Agefis”.
Por sua vez, a Comunicação Social do Corpo de Bombeiros informa que o local da central é competência da administração e que a corporação não intervém na construção e que não recomendam a instalação de gás em áreas públicas.
Pior do que essa bomba no estacionamento do restaurante do Núcleo Bandeirante é a que está dentro do Palácio do Buriti.
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Muito infeliz a declaração do Administrador Regional. Então, o cumprimento das normas vai depender da situação… Não é à toa que o Brasil está uma bagunça, a lei fica apenas no papel e os infratores atuam sem cerimônia, na certeza da impunidade e, de quebra, ainda encontram respaldo em quem deveria zelar pelo cumprimento das normas e do bem coletivo. Se o Núcleo Bandeirante tem um tipo de construção que não permite a instalação de central de gás nos padrões normativos, então o estabelecimento deve buscar o local adequado; não são os transeuntes, os moradores, nem o patrimônio alheio que deve ficar a descoberto.
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O restaurante seguiu todas as normas técnicas estabelecidas, em nenhum momento descumpre legislação. Muito bom seguiu todo o o regulamento.
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