O GDF rejeitou o pleito feito por 22 entidades do DF de criação do Parque Ambiental do Córrego do Mato Seco. A ideia contou, inclusive, com apoio do senado Reguffe, que sugeriu que o governador abraçasse a proposta.
Por Chico Sant’Anna:
O governador Rodrigo Rollemberg perde a oportunidade de demonstrar concretamente que se preocupa com os recursos hídricos do Distrito Federal.
Nas proximidades da abertura, em Brasília, do Fórum Mundial das Águas, ele faz exatamente o contrário. O GDF decidiu rejeitar o pleito de 22 entidades comunitárias de Brasília que reivindicam a criação do Parque Ambiental do Córrego do Mato Seco. A ideia contou, inclusive, com apoio do senado Reguffe (sem partido) que sugeriu que o governador abraçasse a proposta.
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Proposto ao então secretário de Meio-Ambiente, André Lima, em 2015, pela Associação dos Moradores e Amigos do Córrego do Mato Seco (Amac-Park Way), em nome de moradores daquele bairro, o parque visa proteger as nascentes do córrego que é um dos principais tributários do Ribeirão do Gama.
As nascentes do Mato Seco estão localizadas em área pública entre as quadras 27 e 28 do Park Way. Possui, aproximadamente 60 hectares e há dois anos foi alvo de um trabalho de recuperação ambiental pela Universidade de Brasília.
O córrego parte da quadra 28, atravessa a 29 e prossegue pela quadra 17 até encontrar o Ribeirão do Gama. Há, inclusive, reivindicação de moradores, de que a área pública que envolve o Mato Seco na quadra 29 também faça parte do Parque.
O local, perto do Catetinho, primeira residência oficial de Juscelino Kubitscheck em Brasília, vem sendo alvo de ocupações irregulares e grilagens. Numa das ações de grileiros, um braço menor do córrego foi aterrado. Na recente operação Água Viva, da Polícia Ambiental, verificou-se que o Maro Seco tem potencialidade hídrica importante, mas que vem sendo alvo de captação irregular de suas águas, além de desmatamento nas margens de sua calha.
A área do Parque está inserida na APA Gama – Cabeça do Veado, que envolve todo o Park Way e da qual fazem parte o Ribeirão do Gama e seus afluentes, com destaque para o Mato Seco.
O complexo hídrico dessa APA responde por um terço das águas que chegam ao Paranoá e, pela baixa densidade urbana, é tida como uma água de melhor qualidade do que as advindas de ribeirões como Guará, Vicente Pires e Riacho Fundo, já afetados pelo lixo urbano.
O local ainda preserva fauna e flora ricas, com espécimes importantes, tais como lobo Guará, Suçuarana, macacos bugios, cobras e infinitas aves. Seu estado de preservação fez com que as autoridades ambientais escolhessem suas matas para reintroduzir animais silvestres apreendidos pela fiscalização.
O Parque já foi até cantado em versos, mas apesar de tudo isto, sem um estudo de campo, uma análise técnica presencial, o Ibram burocraticamente disse não ter recursos para criar um novo parque e que os casos de degradação denunciados por questões de grilagem e por desmatamento, sejam remetidos às autoridades fiscalizadoras.
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Fato que vem sendo feito há anos pelos moradores, mas que não resulta em solução para o problema. Parece que o GDF prefere ver o problema se consolidar para depois tentar resolver, ou “regularizar” o ilegal, como é a palavra da moda em algumas esferas públicas. Enquanto isso, a grilagem avança, córregos e suas nascentes são soterrados e flora e a fauna típica do cerrado desaparecem.
Um belo panorama para que o governador Rodrigo Rollemberg comemore quando for abrir o Fórum Mundial das Águas.
Meio ambiente: GDF diz não ao Parque do Córrego do Mato Seco, ao Parque Ecológico do Gama, Ao Parque da Prainha do Gama, à Área de Proteção de Mananciais da Ponte Alta do Gama.
O GDF diz não ao meio ambiente. É um governo negativo.
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A falta de compromisso com Brasília deixa a mostra o
que significa o trabalho do Governador.
Morador da Quadra 26, e conhecedor da problemática que atinge o meio ambiente na região, esperava-se dele um comprometimento em defesa da causa, pois isso trará um prejuízo de grande monta para a bacia do Paranoá.
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Cadê cumprimento do GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL GDF e ENTIDADES COMPETENTES a fim de PRESERVAR “INÚMERAS NASCENTES” que, a princípio, merecem ser visitadas rotineiramente por IBRAM e OUTROS ÓRGÃOS FISCALIZADORES, uma vez que usam ÁGUAS de forma totalmente equivocada.
Por fim, em AUDIÊNCIAS PÚBLICAS, por vezes, qdo nos imbuimos de toda forma para obter o melhor resultado para o DISTRITO FEDERAL como um dos casos PARQUE CÓRREGO DO MATO SECO, colocado perante PÚBLICO apoio para sua criação e, de repente decide o GDF travar continuidade do acertado para criação do referido Parque.
Inúmeras ENTIDADES, ASSOCIAÇÕES e COMUNIDADES estiveram presentes em AUDIÊNCIA PÚBLICA para fazer referência a importância de PRESERVAR AS ÁGUAS DO DISTRITO FEDERAL.
SOMOS afetados com o descaso daquilo que pleiteamos, portanto pedimos atenção especial para tudo que nos afronta, CUMPRIR AÇÕES TÃO DELICADAS como é o caso das NASCENTES DO DISTRITO FEDERAL..
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