8Poema de Luiz Martins da Silva. Ilustração de TT Catalão
7
O alinhamento perfeito
Da perfeição da maldade
No propósito final dos fins.
6
A cada dia sua heresia
E os alinhavos de aleivosias:
Coisa que ‘não foi bem assim’.
5
A Ordem, na contra-ordem.
O Progresso no Retrocesso.
A negação da História.
4
A moral des-moro-na
Na ironia dos vazadouro
Do muro cheio de furo.
3
Desmatamento não existe.
Papo de quem come mato.
Fome, mentira que não mata.
2
Lógica, sim, escatológica:
“Índio é igual a nós.
Não quer viver num zoo[lógico]”.
1
Mas, como indagou o poeTTa
Em sua meTTalinguagem: “Até quando?
Vai dar moro em ponta de farsa?”.
puxar
punhal
poeticamente
e com ele riscar
versos de indignação
não é tarefa fácil.
pois facilmente
pode-se ferir
com o próprio
punhal
e ao invés de versos
de justa indignação
tricotar um panfleto.
não é o caso em questão.
Luiz Martins
risca daqui e dali
põe os pingos nos “is”
e reduz ao verdadeiro tamanho “otoridades” chinfrins.
batista filho
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