Senado analisa proposta de emenda constitucional que incorpora à Constituição a redução de IPTU para quem cuida do meio-ambiente.
Da Agência Senado. Foto de Chico Sant’Anna.
Uma autorização para que municípios reduzam o valor do IPTU cobrado de contribuintes que adotam ações ambientalmente sustentáveis em seus imóveis foi aprovada na quarta-feira (14/7) pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal. A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 13/2019 insere, entre as possibilidades de alíquotas diferenciadas do IPTU, o reaproveitamento de águas pluviais, o reúso da água servida, o grau de permeabilização do solo e a utilização de energia renovável no imóvel. Livra também da incidência do imposto a parcela do imóvel coberta por vegetação nativa.
Atualmente a CF admite a aplicação de alíquotas distintas do IPTU em função da localização e do uso do imóvel. O objetivo da PEC 13/2019, segundo explicou o autor, o senador Plínio Valério (PSDB-AM), é inserir critérios de responsabilidade ambiental para diferenciar a cobrança aplicada ao contribuinte que tenha esse compromisso. Por seu caráter essencialmente autorizativo, as alterações feitas só serão adotadas pelas municipalidades na medida das suas capacidades financeiras, destacou Plínio.
Incentivo à sustentabilidade
A iniciativa do chamado IPTU verde ou ecológico, que reduz a taxação do contribuinte que adota ações ambientalmente sustentáveis em seu imóvel, já vem sendo aplicada em alguns municípios, mas não conta com autorização expressa da Constituição. Para o autor da proposta, a inserção do benefício na CF fará com que mais municípios adotem esse tipo de estímulo à conservação dos recursos naturais.
“Vários municípios brasileiros já instituíram o IPTU verde ou ecológico, pelo qual os contribuintes do tributo recebem descontos em virtude da observância de práticas ambientalmente amigáveis. A inserção do regramento no texto da Constituição servirá para chamar a atenção para o tema e estimular as municipalidades no sentido da implementação da medida, sempre dentro das suas possibilidades financeiras”, explicou Plínio na justificação da proposta.
A expectativa no Senado é de que a iniciativa oriente o legislador municipal na elaboração do IPTU verde e dê segurança jurídica na concessão do incentivo.
A iniciativa deve provocar mudanças no comportamento dos contribuintes. A alteração constitucional que se pretende contribuirá para chamar a atenção para o tema, encorajando os que ainda não adotaram as boas práticas a implementar medidas dessa natureza. A proposta segue para dois turnos de discussão e votação no Plenário do Senado e, se aprovada, será enviada à apreciação da Câmara dos Deputados.
Medida sem efeito, pois com o Federação quebrada, nunca os estados e municípios irão querer perder arrecadação. Vide as distribuidoras de energia elétrica, que querem barrar quem tem condições de pagar para instalar coletores de energia elétrica residencial. Já imaginou se todos os moradores dos Lagos Norte/Sul, Park Way e Condomínios que tem recursos para fazer isso, que em média pagam 2 mil reais de tarifa de energia, passarem a pagar apenas 50 reais? Com certeza as empresas de energia irão quebrar. Pior, querem cobrar pelo uso do sistema elétrico. O mesmo ocorrendo com a energia eólica já tem deputado e senador querendo cobrar royalites do vento…. daqui a pouco inventam o mesmo do sol.
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De qualquer maneira é um incentivo.
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