Mesmo sem tomar posse formalmente, o Major Fabio Costa promoveu atividades no interior da Administração Regional da Estrutural.

O GDF poderia ser mais eficiente caso analisasse melhor o currículo das pessoas que deseja nomear para cargos de confiança. A nomeação irregular do Major Fabio não foi a primeira, embora a Lei Orgânica exija que os titulares dos cargos comissionados sejam ficha limpa.

 

Por Chico Sant’Anna

Durou pouco a gestão do administrador regional da Estrutural, Major Fábio Borges Ferreira da Costa. Na verdade nem começou. Embora tenha sido nomeado, dia 8 de agosto, pelo governador Ibaneis Rocha, por violar a Lei da Ficha Limpa, o oficial da PMDF nem tomou posse. Assim, antes de concluir o oitavo mês de governo, a Estrutural aguarda a posse do seu terceiro administrador. Também será um oficial da Polícia Militar. O Diário Oficial do DF, de 29/8, trouxe a nomeação do Major Gustavo Cunha de Souza.

A designação do oficial Fábio Costa da PMDF já estava sendo analisada pelo Ministério Público do DF, por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep). Se IIbaneis insistisse na nomeação irregular, certamente seria alvo de uma ação do MPDF, assim como aconteceu no início do ano, na Caesb.

Essa coluna foi a primeira a tornar público a condição irregular do Major Fábio Costa, condenado duas vezes pela Justiça Militar pela prática de comércio enquanto exercia a função militar. O oficial foi condenado a 7 meses de suspensão da tropa. Sua pena vai ate novembro desse ano.

Fabio Costa havia assumido no lugar de Germano Guedes (que deixou o PRB recentemente), e que, apesar de ser morador da cidade, enfrentou uma oposição forte de moradores desde o primeiro dia de trabalho. Alguns de seus opositores apoiaram nas eleições outros candidatos ao GDF.

Vinte dias depois de nomear o Major Fabio Costa, suspenso da PMDF, Ibaneis publica novo ato tornando sem efeito o anterior.

Um dos pontos de discórdia era a área das Chácaras Santa Luzia, próximo ao Parque Nacional de Brasília, alvo constante de ocupações irregulares.
Desde a exoneração de Germano, a administração ficou acéfala, mas com dois chefes de gabinete: o de direito, nomeado oficialmente pelo GDF na gestão de Germano Guedes – mas impedido de entrar na sede da administração – e o de fato, que foi indicado pelo Major Fábio, cuja nomeação só foi publicada no último dia

O GDF poderia ser mais eficiente caso analisasse melhor o currículo das pessoas que deseja nomear para cargos de confiança. A nomeação irregular do Major Fabio não foi a primeira, embora a Lei Orgânica exija que os titulares dos cargos comissionados sejam ficha limpa.

Para mais detalhes, leia:

Para evitar pressões políticas, Ibaneis agiu rápido e em uma edição extra do Diário Oficial do DF, nomeou mais um oficial da PMDF para comandar a Estrutural.