Iniciada em 2008, no governo Arruda, a obra de alargamento da BR 047, Estrada Parque Aeroporto, já teve duas interrupções e está paralisada desde 2017, sem previsões de retomada. 

O GDF acaba de anunciar o início de obras de recuperação das tesourinhas dos Eixos Rodoviários da Asa Sul e Asa Norte. Medidas mais que bem vindas, dado o estado de conservação dessas passagens que, a exemplo do que ocorreu no ano passado no viaduto da Galeria dos Estados, colocam em risco a segurança dos brasilienses. O início dessas obras, contudo, não soluciona problemas de trânsito que já deveriam estar solucionados há anos, não fosse a paralisação de obras viárias. Um bom exemplo, é a obra de alargamento e sinalização da Estrada Parque Aeroporto (Epar), DF-47, entre o Viaduto Camargo Corrêa, no final do Eixão Sul, e o Aeroporto. Parcialmente executada no governo de José Roberto Arruda, ela voltou a ser licitada na administração Rollemberg, em agosto de 2017, e com previsão de estar concluída entre agosto de 2018 e fevereiro de 2019.

Para entender a reforma que foi projetada para a EPAR, leia também:

Na gestão Arruda, a um custo de R$ 2,2 milhões, a valores da época, foi executado o alargamento de duas pontes sobre o Riacho Fundo. As pontes mais largas ficaram sem utilidade, pois a terceira faixa não foi executada. Foto de Chico Sant’Anna.

Na gestão Arruda, a um custo de R$ 2,2 milhões, a valores da época, foi executado o alargamento de duas pontes sobre o Riacho Fundo. As pontes mais largas ficaram sem utilidade, pois a terceira faixa não foi executada. Posteriormente, Rollemberg determinou a ampliação da via até o Aeroporto, mas só foi executado o trecho entre o Balão do Aeroporto e o terminal aéreo. Só nessa segunda etapa, consumiram mais R$3,5 milhões. E desde dezembro de 2017, não se vê nenhum operário trabalhando.

São apenas 2,1 quilômetros, mas que atuam como fortes gargalos do trânsito, principalmente de quem se origina ou se destina ao Entorno Sul do DF e às localidades do Park Way, Gama e Santa Maria. Previa-se o alargamento da via desde o final do Eixão, com mais uma faixa de rolamento para cada lado, nova sinalização e o cercamento com alambrados das laterais, para proteção dos animais silvestres, e a construção de uma passagem aérea para animais, interligando as imediações do Jardim Zoológico e a mata próxima ao Lago Paranoá. Já por duas vezes, a Polícia Militar Ambiental resgatou animais tentando atravessar a rodovia. Até mesmo bicho preguiça já se aventurou a atravessar a EPAR.

A obra está longe de ser concluída. Não há sequer previsão da sua retomada. Um novo projeto de ampliação da Epar está em andamento e quando for finalizado será feita uma nova licitação para a obra de alargamento da DF-047. Foto de Chico Sant’Anna.

A obra está longe de ser concluída. Não há sequer previsão da sua retomada. O Departamento de Estradas de Rodagens (DER-DF) explica que foi encontrado “um solo mole” (argila) e que a sua retirada requer um novo projeto. O trecho da ampliação, entre o viaduto Camargo Corrêa (Via L.4) e o Trevo de Triagem Sul aguarda a liberação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por adentrar à área tomada do Plano Piloto.

Sendo assim – informa em nota do DER-DF -, um novo projeto está em andamento e quando for finalizado será feita uma nova licitação para a obra de alargamento da DF-047. A dúvida do contribuinte que fica é se o saldo ainda não usado dos R$ 18.176.585,20, alocados inicialmente para a execução da obra serão ainda suficientes para fazer todos os serviços ou se o brasiliense vai ter que pagar mais caro por uma obra, que se arrasta desde o governo de José Roberto Arruda, há mais de uma década.