Por Luiz Martins da Silva. Foto de Chico Sant’Anna
[Poema a consolar amigos, em melodia de fado]
I
Nunca se sabe ao certo
Quantos deveres de casa
Em nós pede uma saudade.
II
Não ter idade, vai ao cerne,
Epicentro do interminável,
Replantar sementes das horas.
III
Em certos dias, cisma bem cedo
Por servir-se de agendas:
“Vá anotando-me, aí!”
IV
Algum sossego, fórmula:
Nada de segurar lagrima.
Tome um vidro de floral.
V
Saudosos pedem orações,
Mas, é por nós mesmos.
Preocupações geracionais.
VI
Evitá-las não é o caso.
Mas, é de boa simpatia,
Janelas constar gerânios.
VII
Receita de viver muito
É não esgotar lembranças.
Zelo com estes olhos d’água.
Belíssimo!
❤👏👏👏
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Toda uma vida escrita em poucas palavras. É um belo poema.
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