Cerca de 230 famílias ocuparam na noite de sexta-feira, 29, uma área de 20 mil metros quadrados às margens da BR-020. No local foi instituído o Acampamento Quilombo Anastácia.
Por Chico Sant’Anna
Desde sexta-feira à noite, cerca de 230 famílias, apoiadas por militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto do Distrito Federal (MTST-DF) ocupam um terreno desocupado na cidade-satélite de Planaltina. Segundo o MTST, o imóvel. de aproximadamente 20 mil metros quadrados, seria privado e estaria abandonado há mais de 20 anos. Não foi informado o nome do proprietário.
O imóvel está em local privilegiado, às margens da BR 20, rodovia Brasília – Salvador, nas proximidades do bairro Estância nº 5, daquela cidade. A ação faz parte da agenda de mobilizações do Novembro Negro, organizado para marcar o mês da Consciência Negra, “como forma de luta e resistência além de reivindicar moradias e o direito à cidade” diz informe do MTST-DF.
Por fazer parte das atividades do Novembro Negro, a ocupação ganhou o nome de Acampamento Quilombo Anastácia, escolhido pelo Coletivo Negro do MTST, “para homenagear o povo negro que sempre esteve na luta e resistiu e os que tombaram na luta por liberdade e direitos. O MTST segue na luta pelos direitos l e, em especial, pelo direito à moradia, pelo direito à cidade, à educação, ao trabalho, à alimentação e à igualdade, previstos na Constituição.”
Cerca de 150 famílias famílias deram início a ocupação. Elas viraram a noite de sexta-feira montando barracas com varas de bambu e lona plástica. Na manhã de domingo já eram cerca de 230 famílias e a expectativa é que a ocupação venha crescer.
A Polícia Militar esteve no local por duas vezes, sendo que na segunda fotografou e filmou o acampamento. Essa vai ser a primeira experiência da administração Ibaneis Rocha em negociar com movimentos sociais. A direção do Movimento informa que não foi procurada por nenhum organismo governamental, mas que está aberta ao diálogo com as autoridades para a busca uma solução efetiva para o problema de moradia digna e cumprimento da constituição.
“Enquanto morar for um privilégio, ocupar é um direito” conclui a nota do MTST. Quem quiser contribuir com alimentos, água mineral e vestuário, pode fazer as entregas no local que fica um pouco antes da entrada para a cidade de Planaltina.
A cultura de INVADIR e CONSTRUIR acabou. Irão querer repetir o que os índios invasores fizeram. Eu como Nativo Brasiliense, que pago meus impostos, comprei minha casa honestamente sem invadir nada, repudio essa atitude e de quem tolera ou apoia. É tão criminoso quanto. Por isso que não existe DEMOCRACIA no Brasil. Não existe direito a propriedade e tal. Agora, porque não instalam o quilombo no ParkWay? Eu queria ver se ficava um segundo no local.
CurtirCurtir
O Distrito Federal vai explodir com tantos invasores vindo para cá. O pior de tudo é que esse povo é totalmente boçal, eles não têm profissão alguma e nem se interessam em procurar emprego. Isso só aumenta a violência aqui.
CurtirCurtir
Emanuel acho que você faz comentários sem conhecimento de causa. Quem disse que as pessoas que estão ocupando a área não são trabalhadores e que já não são do DF?
Acho que você não deveria agredir com adjetivos dessa natureza as pessoas que lutam pra sobreviver e que nao tiveram a mesma sorte que você.
CurtirCurtir
Alguém conhece as dezenas de grileiros das terras de Brasília? Grileiros terceirizados, grileiros construtores, grileiros amigos dos reis, grileiros da maior parte do território de Brasília. Olha os hectares e hectares grilados no Gama, Taguatinga, Recanto das Emas, Riacho Fundo, Taguatinga, Samamabaia, Sobradinho, Ceilândias, e até Plano Piloto.
Grilagem e “compras” fraudulentas.
CurtirCurtir