Faltou vacina pra todo mundo que aguardava, faltou também o comprovante de vacinação. Mas o novo administrador regional, Kedson Mário, estava lá para posar para fotos e filmagens e divulgá-las nas redes sociais da administração regional. Foto do Instagram da Administração Regional do Park Way.

Com 22% de sua população, de 25 mil habitantes, enquadrados no critério de idoso – com mais de 60 anos – foi necessário que os moradores por meio de sua associação comunitária pressionassem autoridades para que um posto de vacinação fosse implantado. E só funcionou na terça-feira.

Com 22% de sua população, de 25 mil habitantes, enquadrados no critério de idoso, com mais de 60 anos, foi necessário que os moradores por meio de sua associação comunitária pressionassem autoridades para que um posto de vacinação fosse implantado. O GDF fez um apelo para que a população, especialmente a idosa, comparecesse. Entretanto, mais uma vez, a cidade ficou sem posto de vacinação – salvo um na Vargem Bonita, para os moradores locais.

Foi necessário acionar parlamentares que se dizem padrinhos da comunidade para resolver o problema. Da noite pro dia, um sistema drive-thru de vacinação foi improvisado, com a ajuda da Associação Comunitária do Park Way – ACPW e do Conselho de Segurança – Conseg. Fila quilométrica se espalhou pela Estrada Parque Vargem Bonita, mas só cerca de 500 pessoas foram vacinadas.

Faltou vacina, faltou também o comprovante de vacinação. E foi só um dia e não teve repeteco. O administrador regional, Kedson Mário – afiliado do distrital Rodrigo Delmasso (Republicanos) -, só apareceu para fazer a selfie para ser divulgada nas redes sociais da administração regional.

Leia também:

A Regional do Park Way já está no seu terceiro administrador regional nessa gestão de Ibaneis Rocha, mas parece que vive um problema crônico de esquecimento das autoridades. Recentemente, moradores ficaram sem poder votar na eleição do Conselho Tutelar, pois apenas uma seção, na Vargem Bonita, foi aberta.

Vice-presidente da Associação Comunitária do Park Way, Tércia Gualberto, lamenta a ausência do Poder Público. Outra entidade comunitária local, a AMAC-Park Way, cobra do GDF, desde o governo passado, a instituição do Conselho de Saúde do Park Way. “Neste momento precisamos muito de um administrador presente para cuidar das necessidades do bairro, é imperativo que ele interaja com as entidades associativas para que juntos possamos fazer o enfrentamento adequado desta epidemia” – conclui Tércia.