Poema de Luiz Martins da Silva. Foto de Chico Sant’Anna
Louvo o trabalho, quando…
Não for tripallium, três paus
De moer gente, tortura, suor.
Quando não for escravidão,
De sangue molhado o pão.
Não houver trapaça armada
Entre quem tem e quem paga.
Quando for livre o contrato
Da aptidão de quem doa.
Quando não for imoral,
A cínica proposta do mal.
Quando for pura a intenção
De não adoecer os sãos.
Quando não desrespeitar
Criança, gênero e cor.
Quando for trato de amor,
Consenso mútuo, sem dor.
Quando lei, labuta e labor,
Fervor de um mundo melhor.
Orar e laborar com justiça,
Laboratório calmo da paz.