Para a instituição científica, a flexibilização do isolamento social pode agravar taxas da Covid-19 na Capital Federal.
Por Chico Sant’Anna
A seccional do Distrito Federal da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) está preocupada com a intenção do governador Ibaneis Rocha em flexibilizar as medidas de isolamento social no DF. Embora a 3ª Vara Federal Cível tenha autorizado um retorno escalonado das atividades, Ibaneis quer pra ele o poder de decidir quem abre, quando e onde e já adotou regras de reabertura do comércio local válidas a partir de 18 de maio.
“Preocupa-nos, a ausência de respaldo científico na fundamentação de tais medidas, sobretudo em um momento em que a realidade nacional e internacional apontam para a necessidade de manutenção e até mesmo ampliação do rigor estratégico no combate a expansão do vírus. A pressão sobre o sistema de saúde local é ainda crescente e nossa capacidade de resposta a uma nova onda repentina de expansão da COVID-19 no DF não pode estar aquém das eventuais necessidades” – dizem os cientistas em nota da SBPC.
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Para a entidade, embora reconheça os “efeitos danosos do isolamento social em setores importantes da economia do DF”, é preciso lembrar que qualquer decisão sem fundamentação científica pode fazer ressurgir crescimento significativo nas taxas de contaminação.
“Nossa taxa de isolamento, que já esteve próxima de 70% encontra-se atualmente abaixo de 45% e quaisquer medidas de flexibilização neste momento podem nos conduzir rapidamente a uma situação sem controle” – alerta a SBPC apelando para a necessidade de que decisões sejam tomadas com base em conhecimento científico e práticas que priorizem a saúde e o bem estar de toda a população.
Aquela comunidade científica que no início do ano, afirmou que o vírus não era letal, que não era contaminante e que a pandemia jamais viria ao BRASIL. Essa sociedade deveria ser processada e seus dirigentes presos. Pois a doença se disseminou durante o carnaval enquanto eles decidiam o que fazer.
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