
Por Chico Sant’Anna
Covid-19:
300 mil mortes no Brasil;
5.553 mortes em Brasília;
Até quando?
Até quantos?
Faltam vacinas, faltam UTIs, faltam suprimentos para a hospitalização, falta oxigênio, faltam unidades de saúde, faltam vagas nos cemitérios;
Sobra arrogância, soberba, mentiras, incompetência.
Especialistas já anteveem a triste taxa de 500 mil mortes para daqui a cem dias.
Isso mesmo. Meio milhão de brasileiros mortos em pouco mais de três meses.
Indignado, impotente, inseguro, insatisfeito, o brasileiro, o brasiliense, chora seus entes que partiram.
Mas como diz o Hino, o brasileiro não foge à luta.
Luta pra sobreviver, luta por vida digna, com auxílio emergencial capaz de prover o mínimo necessário. Luta por melhores dias.
Encarnando esse sentimento e numa forma de homenagear cada familiar e cada amigo perdido ao longo do últimos doze anos, membros do Conselho Nacional de Saúde e do Conselho de Saúde do DF foram à Praça dos Três Poderes levar sua indignação. Três Poderrs inertes, mesmo diante da morte de seus próprios integrantes.
“Não podemos naturalizar as mortes ou nos tornarmos insensíveis a elas. Cada vida importa. Temos que exigir que sejam tomadas providências pelos governos. Precisamos de vacinação em massa para controlar a pandemia, isso precisa ser acelerado. E enquanto não conseguimos vacinar todos, precisamos de lockdown, e auxílio para as pessoas poderem ficar em casa e sobreviverem com dignidade” – clama Rubens Bias, conselheiro de Saúde do DF.
Até quando? Até quando?
Até Ele sair de lá.
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Não é só aqui que a Covid está atacando. No Canadá está morrendo gente à rodo. Nos países africanos nem existe estatística. Quem se importa? O pânico é tão grande que nossos intelectuais só sabem criticar o governo. Ninguém se mexe.
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