Em tempos de Pandemia, a população carentes de Brasília necessitam cada vez mais da assistência social, em especial a distribuição de cestas básicas.

Enquanto muitos moradores do Distrito Federal enfrentam dificuldades, dezenas de milhões estariam parados, sem empenho para uso, segundo o Sindsasc. Montante disponível não havia sido executado até novembro e entidade avalia que pode não haverá tempo para aplicação da verba ainda em 2021.

Por Ascom/Sindsasc

Faltando quinze dias para encerrar o exercício fiscal de 2021, pasta do GDF responsável pela assistência social, mantem intactos recursos que poderiam estar minorando a situação de muitos brasilienses mais pobres. De acordo com levantamento do Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF (Sindsasc), a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) tem mais de R$ 53 milhões em recursos autorizados para 2021 ainda não executados. O sindicato avalia que pode não haver tempo para aplicação deste montante ainda neste ano.

A entidade constata a existência de alguns problemas para que os recursos não tenham sido utilizados, mesmo diante da alta demanda da assistência social agravada pela pandemia e da necessidade de investimento em pessoal para que a população possa ser atendida. “Um dos fatores que levam a essa situação é a  excessiva centralização para a aplicação de recursos, além de insensibilidade diante da necessidade de melhorar as condições de trabalho nos equipamentos públicos da assistência social”, avalia Clayton Avelar, diretor do Sindsasc.

Outra razão apontada pela entidade para a ineficiência na gestão de recursos é a falta de servidores, como especialistas e técnicos. Estes funcionários são os que trabalham na área-meio, justamente a que cuida da tramitação de processos e fazem com que a execução orçamentária respeite a liberação de recursos destinados à secretaria. 

Enquanto sobram recursos na conta da Sedes, a precariedade toma conta de unidades da assistência social, aponta Clayton. “Só nos últimos dias, recebemos relatos de que o Centro de Referência em Assistência Social [Cras] e o Serviço de Acolhimento Institucional de Famílias [Saiaf] do Areal estão sem água”, revela.