Numa localidade onde predomina a baixa renda, com pouca opção de lazer, o campeonato chama a atenção de todos. Tem até criança fazendo nas redes sociais transmissão, como se locutor de Copa do Mundo o fosse.

Por Chico Sant’Anna

Bodoque, estilingue, atiradeira, baleadeira, baladeira, funda, badogue, setra, fisga ou xifuta. Não importa o nome. Em pleno terceiro milênio, tempos de gamers, jogos on-line, realidade virtual, o que tem movimentado mesmo adultos e jovens na Cidade Estrutural, no Distrito Federal, é o torneio de estilingueiros, organizado pela Associação dos Moradores do Bairro Chácaras Santa Luzia.

Não, o alvo não são aves, nem outro tipo de animal. Os ambientalistas podem ficar sossegados. Como num estande de tiro ao alvo, latinhas de alumínio são penduradas e, a uma distância de algumas dezenas de metros, os concorrentes precisam acertar ao maior número de latinhas.

Joab Gomes Barbosa, vice-presidente da associação dos Moradores das Chácaras Santa Luzia, organizador do campeonato de estilingue já pensa em novas edições, com categorias femininas e até com convidados de outras cidades.

Opção de lazer

Numa localidade onde predomina a baixa renda, com pouca opção de lazer, o campeonato chama a atenção de todos. Tem até criança fazendo nas redes sociais transmissão, como se locutor de Copa do Mundo o fosse. Joab Gomes Barbosa, vice-presidente da associação dos Moradores das Chácaras Santa Luzia, organizado do torneio, disse que a procura foi tão grande que uma nova edição vai ser programada com divisão de categorias femininas, infantis e juvenis e até aberto a estilingueiros de outras cidades.

Como na canção Tetê Espíndola e Marta Catunda, com seus bodoques, os moradores da Santa Luzia vão caçar estrelas que brilham como sonhos no entardecer.