
A alta do custo de vida no Distrito Federal está disseminada em quase todos os setores. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Brasília apresentaram alta em abril. A maior variação mensal (2,98%) foi no item transportes, assim como aconteceu no mês anterior (3,25%). E o responsável por esse quadro foram os preços dos combustíveis, que subiram em média 6,12%
Por Chico Sant’Anna
Se Brasília é a terceira metrópole do Brasil é dela também a marca de a terceira cidade brasileira com o maior alto custo de vida. Em abril, a cidade registrou uma inflação de 1,21%, a segunda taxa mais elevada do ano, embora tenha registrado uma queda de 0,20 ponto percentual em relação a março (1,41%). Foi a maior variação para um mês de abril desde 1996 (1,26%).
A inflação candanga ficou 0,15 ponto percentual acima da taxa nacional (1,06%). Os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foram levantados pelo IBGE. Em 2022, o IPCA de Brasília já acumula alta de 4,11% e, nos últimos 12 meses, de 10,80%.
A alta do custo de vida no Distrito Federal está disseminada em quase todos os setores. Oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados em Brasília apresentaram alta em abril. A maior variação mensal (2,98%) foi no item transportes, assim como aconteceu no mês anterior (3,25%). E o responsável por esse quadro foram os preços dos combustíveis, que subiram em média 6,12% – gasolina, 6,16%, etanol, 7,60%, óleo diesel, 5,01%. Além dos combustíveis, houve alta importante no preço da passagem aérea (5,86%).
Melão e óleo de soja
O segundo grupo com maior impacto na inflação foi o de alimentação e bebidas (1,08%). Vale destacar que este grupo já acumula alta de 6,08% nesse ano. As maiores altas individuais vieram de melão (12,02%), óleo de soja (11,31%), leite longa vida (9,51%), tomate (8,96%), batata-inglesa (7,86%) e feijão-carioca (6,70%). A vilã de inflações passadas, a cenoura apresentou queda nos preços em 14,00%, seguida do pimentão (-9,66%), limão (-8,92%), melancia (-8,62%) e mamão (-8,29%).
Com o fim da bandeira vermelha na conta de luz, o grupo Habitação teve variação negativa (-0,47%). Foi o único dos nove grupos com queda. O preço da energia elétrica residencial caiu5,29%).

Construção Civil
Em abril, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,80% no DF, ficando 0,23 ponto percentual acima da taxa do mês anterior (0,57%). O índice, que representa a variação mensal do custo médio do metro quadrado no setor de construção civil, ficou abaixo da taxa brasileira (1,21%) e foi o 8º menor entre as unidades da Federação (UFs). Nos últimos 12 meses, a variação do DF ficou em 17,10%, resultado semelhante ao registrado nos 12 meses imediatamente anteriores (16,87%). O percentual é o 6° maior entre as UFs e está acima da média brasileira (15%).