
Por Paulo José Cunha
Tem coração
que anda por aí,
de mão em mão,
cercado de tropas
em prontidão.
O meu, não.
Tem coração
que exige
reverências,
continências
e salvas de canhão.
O meu, não.
Tem coração
todo orgulhoso,
em pote de ouro
banhado em formol,
exposto à adoração.
(Só que o meu
bate
e ele, não).
Tenho um poema intitulado “Exército”, para o Dia do Soldado (25/08).
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Já ouvi dizer por aí, que Portugal mandou o coração —no formol— do Pedro I, mas não vai aceitar “de jeito, qualidade, forma alguma”, a troca que querem fazer.
Português só é burro em piada sem graça. Vê lá se os portugueses iriam receber em troca do coração “formolizado” do Pedro I, um coração de algum miliciano brasileiro?
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