
Defender o Cerrado é defender a vida no Planeta, é defender o berço das águas no Brasil, é defender a nossa identidade, como cerratenses que somos!
Por Rita Andrade. Foto de Cleon Homar
O segundo maior bioma do Brasil é o Cerrado, que cobre uma área de 2 milhões de km2, o que corresponde a 204 milhões de hectares e é uma das regiões de savana tropical mais ricas e biodiversas do mundo. Depois da Mata Atlântica, o Cerrado é o bioma brasileiro que mais sofreu com a ocupação humana e já perdeu 50% de sua área original.
Os problemas mais comuns, de acordo com dados oficiais, são a poluição das águas, redução da quantidade e qualidade da água para abastecimento, degradação dos solos e consequente perda da qualidade ambiental, exploração de recursos de forma desordenada e ilegal, falta de proteção das áreas de biodiversidade e centenas de espécies animais ameaçadas de extinção.
A principal causa de desmatamento no Cerrado é a expansão do agronegócio sobre a vegetação nativa. Esses fatores, em combinação com a ameaça de perda de habitat torna o bioma Cerrado uma prioridade na luta pela conservação de seu ecossistema e biodiversidade. É preciso haver políticas públicas que defendam e protejam esse bioma e que proporcionem um desenvolvimento sustentável para toda a região.
Todo esse intrincado bioma do Cerrado, seu habitat e sua biodiversidade são parte do patrimônio histórico e cultural do Brasil e precisamos lutar por ações efetivas de preservação de suas águas e espécies animais e vegetais. E não podemos esquecer da importância social do Cerrado e dos recursos naturais que o bioma oferece a grupos indígenas, quilombolas, ribeirinhos, quebradeiras de babaçu e tantos outros brasileiros e brasileiras que sobrevivem de sua biodiversidade.
Nessa luta, é primordial incluir todos esses grupos que nele vivem e geram riquezas respeitando seus ciclos. Sabe-se do poder de regeneração do Cerrado, suas árvores se recuperam após períodos de seca e queimadas, pois possuem raízes profundas que evoluíram por séculos, criando essa capacidade de brotar e rebrotar inúmeras vezes. Essa resiliência, essa capacidade de regeneração também está em nós, mulheres, e não é apenas metáfora, estamos juntas nesse processo de defesa do Cerrado.
Nossas propostas de trabalho incluem a proteção e conservação do Cerrado, incentivar e criar áreas protegidas, desenvolver projetos nas diferentes áreas desse extenso bioma, ampliar a proteção monitorada das espécies ameaçadas, criar políticas de restauração e monitoramento ambiental, entre outros. Juntas e juntos podemos envolver diversos atores públicos, a sociedade civil e instituições privadas para cuidarmos do Cerrado e do seu berço de águas que nos dá vida.
* Rita Andrade é candidata a Deputada Distrital com o número 50005. Formada pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes e pós graduada na FGV, atua como conselheira nacional de cultura (licenciada), gestora de projetos, professora, radialista e ativista dos direitos humanos.
Nada contra a Rita. Quer dizer q dos 240 milhões de Ha do Cerrado, a metade foi embora?
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