Por Chico Sant’Anna
O dia 5 de outubro marcou a primeira freada de arrumação na política local e nacional. Na dança das cadeiras, políticos e potenciais candidatos buscaram se acomodar de maneira mais confortável aos projetos pessoais. Daqui até o fim do primeiro semestre de 2014, quando acontecem as convenções partidárias, os potenciais candidatos vão se articular e buscar as melhores condições eleitorais, seja para presidente, governador, parlamentar federal ou distrital.
Agora, os olhos de todos focam as pesquisas, pesquisas que nem sempre aparecem à opinião pública. Pois como já dizia o ex-ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, o que éruim a gente esconde. E de certa forma, é isso que vem acontecendo no Distrito Federal. As pesquisas que se mostram negativas aos inquilinos do GDF – e a maioria o é – não são divulgadas. Mas elas estão sendo realizadas, porém engavetadas.
A mais recente, foi realizada na primeira quinzena de setembro, pelo instituto Parlamento (clique aqui para ver a íntegra da pesquisa). Dois mil eleitores do Distrito Federal foram consultados e nela, apenas 11,7% consideraram a administração Agnelo/Filippelli boa ou ótima. Mais da metade dos ouvidos, 54,6% consideram o governo local Péssimo ou Ruim.
Toninho do Psol
Por meio de pesquisas, os profissionais da ciência política e do marketing eleitoral procuram antecipar o posicionamento dos cidadãos, criando cenários hipotéticos, mas passíveis de se concretizarem. Nestes cenários, eles analisam como o eleitorado se comporta diante da entrada e saída de candidatos do cenário. A pesquisa mostra que, embora faltando cerca de um ano para as eleições de 2014, um em cada dois brasilienses ainda não decidiu em quem votar para governador.
Embora não tenha a mesma visibilidade dos demais candidatos, pois não tem mandato parlamentar nem está no governo e conta com um espaço na mídia é muito pequeno, quem desponta bem nesta pesquisa é o presidente do Psol-DF, Toninho do Psol, que nas últimas eleições foi o terceiro mais votado.
A pesquisa simulou vários cenários para o GDF. Em um deles, Agnelo Queiroz e seu vice, Tadeu Filippelli, são lançados de forma separada, sem coligação. O divórcio PMDB-PT é altamente positivo para Toninho do Psol, colocando-o em primeiro lugar na preferência dos votos, com 12,55%, seguido por Agnelo Queiroz, com 12,15%; Rodrigo Rollemberg, 7,45%; e Tadeu Filippelli, 6,8%.
Em um segundo cenário, Toninho e Agnelo aparecem literalmente empatados, com 11,9% das preferências eleitorais. São seguidos por Eliana Pedrosa, 10,7% e Rodrigo Rollemberg, 9,5%. Em um cenário, em que Eliana Pedrosa não é candidata e em seu espaço político é lançado o senador Gim Argelo, Agnelo e Toninho apresentam empate técnico. O atual governador possui a preferência de 11,8% dos eleitores e Toninho, 11,6%. Rodrigo Rollemberg sobe para 9,35%e Gim Argelo fica com 7,3%.
O atual governador apresenta melhor desempenho, quando o representante dos partidos de centro-direita é o deputado federal, Luiz Pitman. Nesta hipótese, Agnelo sobre para 20,6%, Toninho do Psol ficaria em segundo, com 12,1% e Pitman 11,55%.
Numa eventual hipótese de Toninho do Psol não ser candidato e em seu lugar aparecer o deputado federal, Reguffe, Joaquim Roriz se apresenta em primeiro lugar com 20,9%, Reguffe, logo depois, com 15,2%, seguido de Arruda, com 11%, e Agnelo, com 8%. Eliana Pedrosa, 5,05%; Tadeu Filippelli, 4,35%, e os senadores Rollemberg e Gim Argelo, empatados com 3,9%, fecham a lista
O ex-governador Cristovam Buarque é o nome potencialmente mais forte. Sendo ele o candidato ao GDF, teria hoje, 11.45% dos votos, contra 9,3%, de Liliane Roriz e 7,45%, de Tadeu Filippelli. Em seguida, técnicamente empatados, Rodrigo Rollemberg e Toninho do Psol, com, respectivamente, 5,8% e 5,7%. Pela ordem, os demais são Gim Argelo, 5,3%; Valmir Campelo, 4,25%; Pitman e Frejat, cada um com 2,9%.
Rejeição
Agnelo Queiroz, José Roberto Arrufa e Joaquim Roriz são, nesta ordem,os três potenciais candidatos que mais rejeição possuem junto ao eleitorado da Capital Federal. Os índices do atual governador e de seus antecessores são, respectivamente, 29,4%, 21,3% e 17,5%
Cenários eleitorais
Os cenários eleitorais servem para balizar as estratégias de campanha e inclusive seleção de candidatos e definição de coligações. Esta pesquisa foi feita antes do surgimento do Pros e do Solidariedade e também da não autorização da Rede de Marina Silva, que se filiou ao PSB.
Os analistas entendem que Marina Silva no PSB fortalece a campanha de Rollemberg, mas os números da pesquisa demonstram que para vencer o rorizismo e a coligação PT/PMDB Cristovam Buarque e Toninho do Psol são os mais indicados.
Os dados também endossam a tese de que o projeto político mais tranqüilo, no momento, é a candidatura de Reguffe para senador. Com uma média de 25% de preferência do eleitorado, ele venceria com folga Gim Argelo, Eliana Pedrosa, Chico Leite, Olair Francisco, Magela, Alberto Fraga e até mesmo o atual vice-governador, Tadeu Filippelli, caso este viesse a querer uma cadeira no Senado.
Assim, se não for adepto às grandes emoções, o projeto de Reguffe deveria ser disputar uma cadeira para o Senado Federal, onde o mandato é de oito anos, e em 2018, sem risco de ficar sem mandato, concorrer ao GDF.
Esta era a fotografia da primeira quinzena de setembro. Cabe agora esperar uma nova pesquisa para conferir se o retrato eleitoral continua o mesmo após as danças das cadeiras.
É esperar para ver.
Queremos marcio branco para governador do DF, porque os partido politicos e a midia não querem deixar ele ser candidato.
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Caro Marcelo
Não conheço Márcio Branco, mas vi que ele é filiado ao PP.basta ele vencer a convenção do PP-DF e será candidato a governador. A mídia não tem nada a ver com isso.
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