
Com área de 5.214,16 m², o imóvel fica na QN 406, Área Especial 01, Samambaia Norte/DF. Ali funcionaram a faculdade IESA e o Colégio Vital Brazil, que fechou deixando várias dívidas trabalhistas para com professores e trabalhadores administrativos. O prejuizo para os cofres públicos pode chegar a R$ 600 mil, por ano.
Por Chico Sant’Anna
A secretaria de Educação do DF vai ter que dar explicações ao Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) referente a um contrato de locação de imóvel em Samambaia Norte. O tribunal suspeita de superfaturamento na contratação de um espaço para abrigar 1.250 estudantes do ensino fundamental. A suspeita de sobrepreço é de quase 70%. O contrato, no valor anual de R$ 1.564.200,00, é assinado com a empresa Positiva Consultoria Ltda. O prejuizo para os cofres públicos pode chegar a R$ 600 mil, por ano.
No cadastro do CNPJ, a empresa consta como sendo propriedade de Rômulo Lopes Azevedo e atuante na área de “atividades de consultoria em gestão empresarial”. Entretanto, o empresário também era o dono do Colégio Vital Brazil, que funcionava no prédio ora locado. O colégio fechou, deixando uma série de trabalhadores sem receber seus direitos trabalhistas, dentre eles, o não recolhimento do FGTS, o que já seria motivo para impedir que um ente governamental celebrasse qualquer contrato.
O imóvel fica na QN 406, Área Especial 01, Samambaia Norte/DF, com área de 5.214,16 m². Ali também funcionava a faculdade IESA. Desde maio, a área destina-se a instalação de alunos, com idades entre 04 e 10 anos, da Pré-Escola e do 1º ao 5º do Ensino Fundamental, nos turnos matutino e vespertino, que antes estudavam nas Escolas Classe 415 e 425.

Sobrepreço
Segundo o TCDF, os indícios de irregularidades apontados pelo Ministério Público de Contas junto ao TCDF (MPjTCDF) demonstram que o prejuízo ao erário público pode chegar a R$ 600 mil ao ano. Mensalmente, a secretaria de Educação aceitou pagar R$ 130.350,00, por mês. Mas a avaliação feita pela própria área técnica da secretaria de Educação apontou que a locação deveria ter preço máximo de R$ 79.976,00, segundo informe da Gerência de Pesquisas de Preços da SEE/DF. Outra avaliação, solicitada pela própria secretaria à Terracap apontou que o aluguel da unidade imobiliária não deveria ser superior a R$ 77,2 mil. Esses pareceres não foram considerados pela secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, que assina o contrato de locação de duração de um ano, podendo ser prorrogado até cinco anos
O MPjTCDF entendeu que o valor que vem sendo pago pelo GDF é 61,35% superior à avaliação de mercado feita pela própria Secretaria de Educação e 68,85% superior à avaliação da TERRACAP os determinou prazo de 30 dias para que a Secretaria de Educação do DF (SEE/DF) preste esclarecimentos sobre assinatura de contrato de aluguel por valor significativamente acima do mercado. A decisão ocorreu na sessão plenária do dia 31 de agosto.
Agora o TCDF quer que em 30 dias a Secretaria de Educação e a empresa Positiva Consultoria Ltda. expliquem esse suposto superfaturamento.
Sabe aquela coisa que as pessoas ao comentar um fato esquisito como é essa contratação de aluguel na Secretaria de Educação diz: “Explicar, até que explica. Justificar, não justifica”.
Como não justifica muitas outras coisas que tem ocorrido no GDF, com, por exemplo, é o caso do tal Iges/DF. Aquele caso que resultou na prisão de até secretário de Saúde do DF.
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Estudei no Vital Brazil em 1990-1991. Fiz um curso de magistério lá. Foi bom. Era um tal de Projeto Crescer. Isso me ajudou muito.
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A gestão de Ibaneis Rocha a frente do DF, de 2019 a 2022 foi marcada pela corrupção, desonestidade e improbidade administrativa. Jamais houve na história da capital federal tamanho desgoverno sistêmico e generalizado. A população vulnerável cresce exponencialmente e sofre sobretudo face à grave Insegurança Alimentar, carecendo de necessidades básicas, tais como absorventrs, atenção Bio-Psico-Social, cobertores, itens de higiene pessoal, etc. A parte boa é que seu fim está próximo! 💪🐍🇧🇷✍️
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