Foto de Hugo Barreto/Metropoles

Quase a metade dos brasilienses ainda observa o governo e o governador para ver que resultados apresentarão nos próximos meses. O alto índice dos que nem aprovam nem desaprovam a gestão de Ibaneis demonstra não só a expectativa diante do que ainda pode acontecer como também a ausência, nos primeiros nove meses, de medidas que tenham mudado significativamente o panorama econômico e social de Brasília.

Por Hélio Doyle

Já é lugar-comum dizer que ter informações é essencial para os processos de decisão e de gestão. O que pretendemos com esta carta semanal, editada pela WHD Pesquisa e Estratégia, é analisar fatos ligados à política e à economia do Distrito Federal, assim como prestar informações para empresários, executivos e profissionais liberais de nossa cidade.

Vamos começar falando de pesquisa de opinião. Não veio a público, até agora, uma só pesquisa mostrando como os brasilienses avaliam a gestão do governador Ibaneis Rocha. Sobre o governo de Jair Bolsonaro, tem sido divulgada pelo menos uma por mês.

Pois a WHD Pesquisa e Estratégia entrevistou em setembro 1.103 eleitores brasilienses e verificou, com margem de erro de 3 pontos percentuais, que o governo do Distrito Federal é considerado “ótimo” por 5% e “bom” por 23%, totalizando 28% de aprovação. Já 16% dos eleitores de Brasília consideram o governo “péssimo” e 12% o classificam como “ruim”, somando 28% de reprovação.

Para 40% dos brasilienses — maioria relativa, portanto —, o governo de Ibaneis Rocha é “regular”. Nem o aprovam nem o desaprovam. Só 4% dos entrevistados não opinaram. Os 40% que consideram o governo “regular” e os 28% que o aprovam totalizam os eleitores de Ibaneis no segundo turno, embora provavelmente não sejam exatamente os mesmos.

Avaliação do desempenho da pessoa do governador e do seu governo são semelhantes, segundo pesquisa WHD.

É interessante observar que o desempenho do governador recebe a mesma avaliação que o governo, com a diferença de um ponto percentual a mais para o “ótimo” e um a menos para os que não opinaram, o que está na margem de erro. Nem sempre as avaliações do governo e do desempenho do governador coincidem, pois os eleitores distinguem as ações da gestão, em seu conjunto, da postura e do trabalho pessoal do governador. Não é o caso, até agora.

O que essa pesquisa mostra é que quase a metade dos brasilienses ainda observa o governo e o governador para ver que resultados apresentarão nos próximos meses. O alto índice dos que nem aprovam nem desaprovam a gestão de Ibaneis demonstra não só a expectativa diante do que ainda pode acontecer como também a ausência, nos primeiros nove meses, de medidas que tenham mudado significativamente o panorama econômico e social de Brasília.

Os que classificam o governo como “regular” tenderão para o “bom” e para o “ruim” à medida que a administração apresente suas realizações e haja a percepção de melhora, ou não, da vida das pessoas. Muitos votaram em Ibaneis, até então quase desconhecido, apenas para não reeleger o então governador Rodrigo Rollemberg, praticando o chamado voto negativo. Agora, aguardam os resultados.