O Fashion Inclusivo é um projeto voltado para a moda que busca a inclusão de deficientes com as mais variadas necessidades especiais. Ele tem como objetivos, proporcionar aos alunos com necessidades educativas especiais situações que favoreçam a autoconfiança e a auto-estima, através da participação em desfiles de moda.
Por Chico Sant’Anna
A educação e a escola sempre foram vistos pelos pedagogos e educadores como instrumentos transformadores, de emancipação social, de promoção da cidadania. Esta, contudo, não parece ser a visão de alguns que estão no comando do sistema de educação pública do governo do Distrito Federal. Pelo menos, não agem neste sentido.
Depois de determinarem a censura a painéis pintados por jovens no CAIC de São Sebastião, dirigentes da secretaria de Educação do DF proíbem agora que a professora responsável por um projeto inovador de inclusão social de crianças portadoras de as mais variadas necessidades especiais – muitas com Síndrome de Down -, acompanhe a garotada convidada para se apresentar num evento em Foz do Iguaçu.
A decisão, que poderá ter reflexos psicológicos nessas crianças, não tem amparo em nenhuma teoria do ensino. Baseia-se única e exclusivamente num arbítrio burocrático que visa coibir ações inovadoras e revolucionárias.
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Estamos falando do projeto Inclusão Fashion, coordenado pela professora Ângela Ferreira, do Centro de Ensino Especial nº 1, escola da rede pública da cidade satélite de Sobradinho/DF. O Fashion Inclusivo é um projeto voltado para a moda que busca a inclusão de deficientes com as mais variadas necessidades especiais. De iniciativa da professora Ângela, o projeto nasceu em 2010. Trata-se de uma iniciativa sem precedentes e já reconhecida internacionalmente. Ele traz para a passarela, na condição de modelos, crianças com necessidades especiais.
Ele tem como objetivos, proporcionar aos alunos com necessidades educativas especiais situações que favoreçam a autoconfiança e a auto-estima, através da participação em desfiles de moda; estimular o desenvolvimento do senso crítico, buscando maior autonomia, participação e reflexão de toda a comunidade escolar; proporcionar a inclusão social e desenvolver as potencialidades significativas dos participantes, dentre outros.
Desfile nas Cataratas
Pela segunda vez, o Fashion Inclusivo foi convidado para desfilar nas Cataratas do Iguaçu, abrindo o Festival de Turismo das Cataratas do Iguaçu. O evento internacional será na cidade de Foz do Iguaçu, de 12 a 14 de junho, e contará com a presença de empresários e autoridades da Argentina, do Brasil e do Paraguai.
Ou seja, algo que os brasilienses e, principalmente, a rede pública de ensino de Brasília deveria se orgulhar e apoiar ativamente. Mas, na máquina administrativa da secretaria de Educação, o projeto não é visto da mesma maneira. Para a direção regional de ensino de Sobradinho, o evento se configura atividade de turismo o que impede a professora Ângela de se ausentar da escola para acompanhar as suas top models.
O mais curioso é que autorização semelhante foi concedida em junho de 2012. Quinze meninas e meninos foram até Foz do Iguaçu, abriram o festival, proporcionando orgulho a Brasília e, o que é mais importante, ali mostraram a capacidade deles mesmos em superar suas dificuldades. Para os países do Mercosul, a rede pública de ensino da Capital demonstrou a capacidade do Poder Público em proporcionar atividades inovadoras às crianças portadoras de necessidades especiais. Brasília dava o exemplo.
Não sou um especialista na matéria, mas considero o Fashion Inclusivo um projeto revolucionário que orgulharia qualquer discípulo de Paulo Freire. Aquele que via a educação como elemento transformador e emancipador do cidadão. O Fashion Inclusivo transforma crianças, proporciona cidadania, traz alegria a elas, respeito humano e um olhar diferenciado sobre as necessidades especiais de cada uma.
É um absurdo que burocraticamente a secretaria de Educação não autorize que a professora Ângela Ferreira, coordenadora de tal iniciativa, acompanhe seus jovens. Sabemos todos nós, que um bom time precisa ter seu técnico junto. Experimente mandar uma seleção a campo sem seus coordenadores.
Vale ressaltar, que as crianças estarão representando a Capital Federal graças ao esforço pessoal de cada pai, mãe, de cada família, de cada amigo das crianças. No lugar de dificultar a participação em Foz do Iguaçu, o GDF deveria estar apoiando a viagem, pagando as despesas desta garotada valente e determinada. Não há melhor investimento do que em nossa juventude.
Eu discordo do seu argumento. O governo participar de grafiteiros com DINHEIRO PÚBLICO com palavras de Ordem contra o próprio governo? Doideira, seria melhor voltar a ditadura militar. Assim acaba de vez com essas coisas. Detalhe, já repararam que durante o período da DITADURA MILITAR, tudo no Brasil era melhor? A Saúde, o saneamento básico, as escolas, principalmente a segurança. Reparamos que nós brasileiros não temos competência e moral para vivermos numa “DEMO”cracia pois, os direitos da minoria (ricos) dominante sobressaem sobre os direitos da maioria (pobres). E isso também se traduz até mesmo no meio-ambiente e no tombamento da cidade. Já repararam que todo e qualquer dano ao tombamento ou ao meio ambiente da cidade é causado pelos pobres. Sintoma disso, os moradores do Lago Sul são contra um shopping na QI 25, lote projetado desde que o criador de Brasília Lucio Costa projetou. Pois alegam ferir a escala residencial. O meio ambiente e blablablá. Agora os mesmos moradores são favoráveis a invasão da orla do Lago Sul, Eu não vejo o senhor e a imprensa falara uma vírgula disso, nem mesmo os URBANISTAS POR BRASÍLIA. Então um shopping no Lago Sul não pode, mas casas que invadiram área pública até o lago, impedindo o direito do ir e vir de todos os seres humanos, isso os moradores e imprensa se OMITEM. Inclusive um conhecido meu, levou ao programa CQC essa demanda, e pasmem, em vez da Administração do Lago Sul cumprar uma decisão judicial de erradicar toda e qualquer invasão, eles querem fazer o contrário, querem LEGALIZAR, isso mesmo que o senhor está lendo, LEGALIZAR as invasões. Me desculpe, se fosse em Washington, ordem judicial é para ser ACATADA e não de ficar de enrolação. Saudades da DITADURA militar. Detalhe, foi justamente na DITADURA MILITAR que inventaram o TOMBAMENTO DE BRASÍLIA. Eu duvido se fosse nos dias atuais, se a UNESCO daria esse confisco de soberania. Pois o tombamento não foi democratico e sem participação popular. Já reparam que engraçado, a mesma burguesia que luta pelo tombamento de hoje, é a mesma que patrocionou a DITADURA MILITAR.
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Yara,
Você anda mal informada. Quem falou que as pinturas de painés nos muros foram feitas com dinheiro público? Onde está escrito isso? O que foi dito é que a escola autorizou o uso dos muros que estavam pichados para a pintura de painés. Não hove dinheiro público. E é necessário fazer uma diferenciação entre pichação, grafite e pintura de painéis. Os muros, antes, estavam pichados, agora, estão pintados. Na ditadura militar, é que a liberdade de expressão não era permitida. Pinturas desta natreza tinham que ser feitas clandestinamente. Expressões artísticas deste tipo,feitas por brasileiros, estão percorrendo o mundo, sendo expostas em museus de diversos países. Precisamos acabar com este preconceito.
Você tem toda razão quando diz que “os direitos da minoria (ricos) dominante sobressaem sobre os direitos da maioria (pobres).” E é exatamente para denunciar este tipo de injustiça que as pinturas do Caic de São Sebastião foram elaboradas.Elas representam o olhar dos mais carentes em relação ao Brasil e do Mundo.
Você está enganada, quando diz que o projeto de Lúcio Costa previa um shopping para a QI 25 do Lago Sul. A previsão lá era de um hotel.
Se você for rever minhas notas, neste singelo blog, verá que sempre me opus a ocupação da orla do Lago. Quanto a imprensa comercial, concordo contigo. Ela omite ou deforma o debate sobre as margens do Lago. Até postei uma proposta de uma amiga que defendia a criação de uma administração própria da orla do lago para definir uma política de preservação e de garantia de que todos possam se beneficiar daquele bucólico local.
Também concordo com você que sai governo entra governo e o GDF não tem a coragem política de resolver este problema, como também se omite nos puxadinhos do Plano Piloto. Estivesse eu no lugar deles, só de exemplo, transformaria uma determinada área verde que conta com pier e heliporto em área de laser pública.
Por fim, você se engana ao dizer que foram os militares que “inventaram o TOMBAMENTO DE BRASÍLIA.” O Tombamento de Brasília pela Unesco éobra do falecido governador José Aparecido de Oliveira que administrou a cidade na Nova República, logo após o fim da ditadura.
Um grande abraço.
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