Gravações de vídeo selaram o destino dos dois políticos locais: Francisco Portela (Podemos) e Paulo Brito (PSC). Ambos são da base política do prefeito Pábio Mossoró (MDB). Um foi penalizado pela Justiça Eleitoral e outro pela justiça comum.
Por Chico Sant’Anna
Clima tenso na política do Entorno Sul do DF. Menos de dois anos depois das eleições de 2018, dois, dos treze vereadores de Valparaiso de Goiás foram afastados judicialmente de suas funções legislativas. Ambos são da base política do prefeito Pábio Mossoró (MDB). Pela acusação de compra de votos, o Tribunal Regional Eleitoral de Goiás cassou, por unanimidade, o mandato do vereador Francisco Portela (Podemos). Em outro processo, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) manteve preso preventivamente, sob acusação de corrupção, o vereador Paulo Brito (PSC).
Portela foi condenado pela suposta compra de votos nas eleições de 2020. A negociata teria acontecido em frente a uma escola no distrito do Céu Azul e foi registrada em imagem. Com a decisão do TRE-GO, o vereador teve o diploma cassado e foi declarado inelegível pelos próximos oito anos. Embora possa recorrer, não haverá efeito suspensivo. Em seu lugar, assume o suplente Edson Souza Nunes, conhecido como Edson Negão (Podemos). Em 2021, quando da eleição da mesa diretora da Câmara Municipal, Portela foi acusado de exigir de bonificação um carro novo para votar em um dos candidatos.
Paulo Brito, que foi o 11º candidato mais votado, também foi flagrado em imagens, cobrando R$ 30 mil em propina do dono de uma funerária local. A gravação é de 2019, na época, Paulo Brito era fiscal da superintendência de Serviços de Fiscalização Municipal e prometia ao empresário apagar as dívidas de impostos que ele devia desde 2012. A prisão é preventiva e a investigação corre em sigilo. O potencial suplente de Brito é Fabio Moraes.
por Chico Sant'Anna 