Por Luiz Martins da Silva

 

Hora de fazer balanço,

Ou nada, só o pretexto

De ficar mandando versos,

Pelo que muito agradeço.

 

Sua leitura foi chama,

Soprada brasa de alento.

Por vezes, em verde lenha

A me avultar pensamentos.

 

Escrever, tela, alguém em mente,

Recebendo uma mensagem,

Abrindo de um manto um poema:

Formando imagens, paisagem.

 

Distância a lembrança encurta

No quanto a memória é prece,

Pessoas queridas por perto,

No sopro dos tons da saudade.

 

Difícil o manejo da flauta,

Composição, escritura.

Imagine o leitor, sacrifício,

Em dar-me gosto, leitura.

 

Pretensão, sim, foi a minha

De lhe eleger, em assédio,

Mas, o que fazer da vinha?

Sem você ela é vinagre.