O local fica em área nobre, atrás do Lago Sul, próxima à Ponte JK. O cartaz, na estrada ao lado do cerrado que separa os condomínios Ville de Montaigne e o conjunto formado por Quintas da Alvorada e Mansões Itaipu alerta: a região é um “sítio arqueológico”, patrimônio da União, sob administração do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, vinculado ao ministério da Cultura. E avisa: qualquer dano à natureza lá pode ser punido com multa e detenção.
Mas a certeza da impunidade é tamanha que, no sábado, 20 de setembro, um grupo, autonomeando-se dono da área, montou ali uma enorme tenda, um barraco e reuniu algumas dezenas de pessoas de um suposto condomínio Ville II, onde se discutiu a posse do lugar. Um morador da vizinhança, fingindo-se interessado, ouviu que a ideia é dividir o terreno em 400 lotes, vendidos a R$ 20 mil por unidade.
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O terreno escapa há décadas da especulação imobiliária que ameaça a região – mais recentemente, instalou-se, por grilagem, um condomínio do outro lado da estrada, o Estância Quintas da Alvorada (que, para enganar incautos, usou o nome de um antigo condomínio em terra privada existente ali).
Já se tentou até construir uma Igreja, e uma loja de plantas lá, como início disfarçado de invasão de classe média, sempre rechaçada pelos habitantes da vizinhança. É terreno de cerrado, recentemente afetado por grande incêncio que facilitou a ocupação deste fim de semana. Incêndio acidental? Ou criminoso?
Pela Internet, veem-se endereço e mapa dos responsáveis. Há quem anuncie no jornal, com foto do terreno ainda preservado,clique aqui e confira.
Agora, no período pré-eleitoral, os invasores se sentem à vontade para colocar sua placa ao lado da placa federal que os proíbe ali e iniciar a ocupação na marra, deixando uma enorme tenda e barraco para marcar a posse. Parecem dispostos a sustentar mais uma ocupação irregular em uma região já ameaçada de estresse hídrico. Por que o GDF não investiga os responsáveis por mais essa irregularidade?
Quem os acoberta? Quem lhes dá segurança para agir dessa forma? Quem são essas pessoas que lideram a invasão, liderada por um “síndico” de porte militar e gestos violentos? Quem ganha com essa invasão?
Uma CPI para investigar é o único caminho. Comprovado o crime as punições devem ser exemplares, caso contrário será um estimulo a continuar com o Grilagem. Os Parcelamentos irregulares que surgiram após a Primeira CPI da Grilagem devem ser objetos de pesadíssimas Multas. Se a CLDF não fizer a CPI, saberemos de onde vem o comando para tanta grilagem no Lago Sul. Por que a Polícia não vai ao local?? Cadê a Polícia, pois ela podem constatar todas as invasões nos computadores de seus escritórios?
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Cadê a Polícia?
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Enquanto isto, duas viaturas da SEOPS ficam o dia inteiro na Rodoviária, PP com seis elementos coçando saco sem nada para fazerem , pois os camelôes já correram há mueito tempo!
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Hoje, mais uma vez foram vistos carros,não identificados, segundo a pessoa que me repassou a infrmação adentrando o terreno do citado Sítio Arqueológico. Seria bom averiguar!
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O Sítio Arqueológico, localizado ao lado do Condomínio Ville de Montagne, localizado no Lago Sul, parece ter voltado a ser alvo da especulação imobiliária.
Mesmo depois da denúncia de grilagem mostrada pelo DFTV, parece que os grileiros não se intimidam.
Será muito bom se puderem verificar, pois agora instalaram rede elétrica, um containner de alumínio que deve servir como escritório/guarda de materiais,ferramentas.
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Sitio arqueológico de poucos m2! Engraçado não atinge ville I, solar de Brasilia, são todos isentos de responsabilidade com os danos ao patrimônio cultural, regularizados e estão fora dessa área, não é mesmo!. Isso é informação!Então não a esconda e nem manipule.Divulgue também que essa área esta sendo disputada por políticos e suas empresas e estão conseguindo. Eles podem construir e as famílias( como as dos condomínios próximos) não! Direitos e deveres são para todos ou só pra pobre e sem influencia política!
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