Estádio Nacional de Brasília registra a primeira goleada, antes mesmo de ser inaugurado: Mané Garrincha 17 x Agnelo Zero.

Os deputados distritais decidiram na tarde desta terça-feira (26) manter a homenagem ao Mané Garrincha no Estádio Nacional de Brasília. A Câmara Legislativa havia aprovado o projeto neste sentido, mas o governador Agnelo Queiroz (PT) decidiu vetar a proposta. Apesar de a matéria ser assinada por uma oposicionista, em decisão unânime dos 17 distritais presentes na sessão desta terça, o veto do governador foi derrubado e a nova arena terá de ser batizada com o nome do ídolo do futebol.

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Durante toda a terça-feira, internautas promoveram grande campanha no Twitter para que a homenagem ao jogador fosse mantida no novo estádio. O tópico chegou a ser discutido por 102 mil perfis diferentes na rede social, chegando a ficar entre um dos mais comentados do dia.

O debate sobre o nome da nova arena surgiu após uma reunião entre a deputada Liliane Roriz (PSD) e o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Alfredo Gastal. A parlamentar decidiu apresentar o projeto após tomar conhecimento pelo representante do órgão que o estádio não poderia mais ser reconhecido como Mané Garrincha, já que o original havia sido demolido e outro projeto seria erguido no mesmo local.  “O Mané Garrincha sempre foi mais que um ídolo. É a história de Brasília”, frisou Liliane.

Apesar da autora do projeto integrar a oposição, que é minoria na Câmara Legislativa – apenas três deputadas dos 24 –, ela conseguiu aprovar o projeto pela maioria da Casa. Porém, após ser enviada ao governador, a proposta foi totalmente vetada pelo chefe do Executivo. Como justificativa, Agnelo sustentou que caberia apenas à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), por ter a maioria das ações do estádio, definir o nome do local.

Ao analisarem o veto, os distritais decidiram derrubar a justificativa do governador. A decisão de transformar o projeto em lei ganhou ainda mais força com a visita da cantora Elza Soares, que conviveu por 17 anos com Mané Garrincha, à autora da proposta . “Quem não apoia uma homenagem como esta não entende nada de paixão nacional, nada de futebol, nada de ser brasileiro”, argumentou a artista durante o encontro que ocorreu na última segunda-feira (25).

Em show realizado no dia anterior na capital, a cantora chegou a puxar um coro entre os presentes pela manutenção da homenagem ao craque.  “Essa lei apenas mantém uma justa homenagem ao ‘anjo das pernas tortas’, que deu tantas alegrias ao nosso país”, comemorou a distrital autora da proposta.