Ao lado de cabos, plugues e conectores de telefonia havia, não uma serpente, mas um verdadeiro serpentário. Uma família inteira de cobras da espécie corre-campo curtia o aconchego do espaço.
Por Chico Sant’Anna
Surpresa aterrorizante na Quadra 9 do Park Way.
As telecomunicações não são o forte do Park Way. Em várias localidades o sinal do celular falha, internet a cabo de qualidade é coisa rara, o que sobra é a telefonia fixa.
Falar cobras e lagartos sobre a qualidade dos serviços de telecomunicações não é novidade, mas, por essa, ninguém esperava.
Diante do mau funcionamento da rede de telefonia fixa, a concessionária foi avisada e ao assistência técnica abrir os armários que recebem os cabos logo identificou o problema: Thamnodynastes pallidus.
Não, não se trata de nenhum novo tipo de bug cibernético, mas sim uma espécime de serpente, conhecida popularmente de corre- campo ou ubiraquá.
Ao lado de cabos, plugues e conectores de telefonia se deparou não com uma, mas com um verdadeiro serpentário. Uma família inteira de cobras da espécie corre-campo curtia o aconchego do espaço.
A corre-campo chega a atingir um comprimento de um metro. O seu corpo é amarelo-bronzeado com duas linhas laterais escuras. As escamas apresentam uma borda negra. Sua mordedura pode ser letal, dependendo do tamanho da cobra. Segundo o portal Tudo sobre Cobras, a corre-campo está em extinção no Brasil, pois é vítima de caça ilegal para retirada de sua pele.
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O Cerrado, bioma tradicional onde se insere o Distrito Federal, é o habitat natural de mais de 100 espécies de serpentes, algumas delas em perigo crescente de extinção à medida em que o bioma vai sendo devastado para abrir espaço para pastos e plantações, bem como em decorrência da expansão urbana.
Veja no vídeo o momento em que uma das serpentes é resgatada pela PM Ambiental do DF.
No caso do Park Way, as serpentes foram resgatadas pela diligente Polícia Ambiental e deverão ser, em breve, reinseridas na natureza.