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Localizada às margens do Eixo Monumental, a área para fins institucionais, inicialmente da Marinha do Brasil, foi permutada com a construtora Antares. Lá a empreiteira deseja erguer as quadras 500 e 501 do Sudoeste, abrigando 22 prédios residenciais e seis comerciais. Os oponentes ao projeto imobiliário defendem que ali abrigue o Parque das Sucupiras.

Por Chico Sant’Anna

 

Preservar a última mancha urbana de cerrado no Plano Piloto ou autorizar a construção de 28 prédios? Decisão sairá no Conam-DF

 

Os defensores do meio-ambiente e da preservação do Plano Piloto, em especial do Sudoeste, ganharam mais tempo. O Conselho de Meio-ambiente do DF decidiu fazer um pente fino no processo de liberação da obra do que foi denominado Quadra 500 do Sudoeste.

Localizada às margens do Eixo Monumental, trata-se de uma das últimas manchas originais de cerrado no Plano Piloto; A área para fins institucionais, inicialmente da Marinha do Brasil, foi permutada com a construtora Antares. Lá surgiriam as quadras 500 e 501 do Sudoeste, abrigando, num espaço de 140 mil metros quadrados, 22 prédios residenciais e seis comerciais. Os oponentes ao projeto imobiliário defendem que ali abrigue o Parque das Sucupiras.

O projeto Quadra 500 avança e retrocede há anos nas esferas administrativas do GDF e judiciárias. Agnelo Queiroz e Geraldo Magela quiseram inseri-lo no PPCUB, mas a mobilização social não permitiu.

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A Associação Parque Ecológico das Sucupiras (APES) solicitou o cancelamento ou a revisão da licença concedida para o início da obra. Alega que a presença de mais 4.000 novos moradores, uma frota adicional de 3.200 veículos – segundo os cálculos da empreiteira -, sem contar com visitantes e consumidores, iria impactar em demasia o meio-ambiente e a mobilidade urbana, já tumultuada no local. Segundo o secretário do meio-ambiente, André Lima, a autorização pregressa do projeto não foi submetida ao Conselho de Meio-Ambiente do DF e que há indícios de que o projeto foi alterado para abrigar uma população ainda maior, o que levaria obrigatoriamente um novo exame.