No Pomar Comunitário, moradores do Park Way compartilham gratuitamente suas colheitas de hortigranjeiros.

Na quadra 14, conjunto 5, em frente ao lote 2, um abrigo de ônibus foi revitalizado e decorado para abrigar o projeto. Ali, cada morador deixa o que colheu: chuchu, laranja, banana, batata…, o que for. E quem não tem, pega o que desejar.

 

Por Chico Sant’Anna

 

O Park Way é um bairro onde muitos moradores cultivam arvores frutíferas e até mesmo hortas com legumes e verduras. Na maioria dos casos, as produções caseiras ultrapassam o consumo dos moradores e familiares. Pesquisa acadêmica realizada por uma das moradoras, Giovanna Mundstock, demonstrou que 84% dos moradores ouvidos relatam não conseguir consumir sozinhos a produção de suas casas e que 55% deles relataram haver grande desperdício de frutas

Foi diante desse quadro que Giovanna, se valendo do velho adagio popular “quem tem, põe, quem não tem, tira” implementou o Pomar Solidário do Park Way. A iniciativa atendeu aos anseios de 85% dos moradores ouvidos na pesquisa, que manifestaram interesse em doar para vizinhos, colaboradores ou instituições de caridade suas colheitas domésticas.

Na quadra 14, conjunto 5, em frente ao lote 2, um abrigo de ônibus foi revitalizado e decorado para abrigar o projeto.

Trata-se de uma ideia simples, mas eficaz: um ponto de compartilhamento de frutas e hortigranjeiros. Na quadra 14, conjunto 5, em frente ao lote 2, um abrigo de ônibus foi revitalizado e decorado para abrigar o projeto. Ali, cada morador deixa o que colheu: chuchu, laranja, banana, batata…, o que for. E quem não tem, pega o que desejar. Ganchos para pendurar sacolas foram fixados na parada que também cona com uma estante. Ninguém vigia, ou fiscaliza. Havendo excedentes, ele é recolhido diariamente e encaminhado para instituições de caridade

O único apelo é que não haja desperdício. “Que pegue apenas aquilo que for consumir, tá certo?” – explica Giovanna pelas redes sociais do bairro.

Naquela parada de ônibus é a solidariedade quem governa. O único apelo é que não haja desperdício. “Que pegue apenas aquilo que for consumir, tá certo?” – explica Giovanna pelas redes sociais do bairro.

Giovanna, 24 anos, conta que a iniciativa teve a ver com o curso que ela está concluindo na UnB, onde se especializa em Designer de Serviços, mas também por acreditar em voluntariado e ser contra o desperdício de alimentos.

Fica ai, então o convite a todos que quiserem compartilhar suas colheitas domésticas, e o exemplo a outros bairros do DF. Quem quiser acompanhar nas redes sociais, o endereço no instagram é o @pomarsolidario .