Por Chico Sant’Anna
Já há algumas semanas os rumores vinham correndo forte.
Agora, a revista Veja informa, em sua coluna Radar, que o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, abatido na Operação Caixa de Pandora recebendo dinheiro de um esquema que ficou conhecido como o Mensalão do DEM, tentará recuperar o comando do Palácio do Buriti, em 2014. E não virá sozinho.
As redes sociais já vinham informando que, em um almoço na casa do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo, os ex-governadores teriam selado um destino único nas eleições de 2014. Em função da saúde debilitada – faz cinco hemodiálises por semana – o ex-governador Joaquim Roriz teria concordado em não concorrer a mais um mandato à frente do GDF e de ceder o lugar a José Roberto Arruda. As relações Roriz+Arruda são marcadas pelo amor e ódio. Arruda já desempenhou os papéis de amigo e de inimigo político de Roriz. A reaproximação dos dois teria tido, inclusive, as bênçãos de Dona Weslian Roriz, que não guardava muita simpatia por Arruda, em função deste ter se separado da ex-mulher.
Se de um lado cedeu o espaço para Arruda, Roriz teria exigido o lugar de vice-governador na chapa, para a sua caçula, a distrital Liliane Roriz. Em outros tempos, a preferência teria recaído no nome de Jaqueline Roriz, mas como esta está sendo processada no STF no envolvimento no Mensalão do DEM, a prudência recomendou um nome com menos problemas nas costas.
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Fechando a chapa, o senador Gim Argelo, que assumiu o cargo no Senado após a renúncia de Roriz, por ocasião do episódio apelidado de Escândalo da Bezerra de Ouro. Desde que assumiu o mandato, Gim se aproximou muito do governo petista e, em especial, da presidente Dilma Roussef. Mas como diz o ditado, o bom filho a casa torna, Gim sem espaço na chapa de Agnelo à reeleição, preferiu reaglutinar-se com Roriz e Arruda.
Este palanque Arruda, Liliane, Gim deverá ser reforçado com o apoio do Democratas (partido que negou a filiação de Roriz em seus quadros) do ex-deputado federal Fraga; do PRTB, de Luiz Estevão; e do PMN de Jaqueline Roriz. A reunião de várias siglas favorece à definição do tempo de televisão no horário eleitoral e na busca de votos suficientes para alcançar o coeficiente eleitoral. Neste ano, cada partido ou coligação terá que reunir cerca de 60 mil votos para fazer um deputado distrital e 200 mil, para federal.
O cenário político eleitoral da Capital Federal começa, assim, a ganhar contornos mais claros. O deputado federal Reguffe, do PDT, deve focar mesmo seu futuro político em uma cadeira do Senado Federal. Pesquisas apontam uma posição muito confortável a ele.
Dúvidas
Persistem, contudo, muitas dúvidas em relação à cena política brasiliense:
1) Considerando que a tucana Maria de Lourdes Abadia, foi vice de Roriz em seu último mandato, que Arruda já foi Líder do PSDB, no governo de FHC, e que este casamento Roriz/Arruda foi abençoado pelo governador goiano, Marconi Perillo, também do PSDB, é legítimo questionar: será este o palanque de Aécio Neves, na Capital Federal? Se a resposta for positiva, nomes como dos deputados Izalci Lucas e Pitman terão que se acomodar como candidatos a deputado federal nestas eleições de 2014.
2) Qual será o comportamento de Paulo Octávio, hoje filiado ao PP de Maluf e na base de Dilma e de Agnelo. Ele já revelou que deverá ser candidato a deputado distrital, mas somará forças ao Rorizismo ou ficará na base de Agnelo?
3) E para onde irá Rogério Rosso? Apostará na coligação PSD-PSB e somará esforços à candidatura Rodrigo Rollemberg ou também retornará ao ninho da velha coruja da política local? Como se sabe, ele foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Joaquim Roriz, que depois o nomeou administrador regional de Ceilândia.
4) Com o retorno de Roriz aos palanques e a queda permanente da popularidade de Agnelo Queiroz, as bases do vice-governador Tadeu Filippelli continuarão fiéis? Não se pode esquecer que Filippelli também é um egresso do clã de Roriz.
Ética na política
A presença de Roriz e de Arruda no palco eleitoral de Brasília trará novamente à ribalta, em alto e bom som, o debate da Ficha Limpa. Mesmo que neste exato momento não haja, segundo alguns juristas, empecilho para as respectivas candidaturas, é inegável que a ética na política deverá polarizar o debate eleitoral local.
Considerando que o governador Agnelo Queiroz também já andou aparecendo em manchetes com a suspeita de estar supostamente envolvido em alguns casos na Anvisa e no Ministério dos Esportes – órgãos por onde passou antes do GDF -, o debate sobre a ética na política tende a favorecer Toninho do Psol (que no segundo turno das eleições de 2010 acumulou 200mil votos e se recusou a apoiar tanto Roriz, quanto Agnelo; Para ele, não havia diferença nas duas candidaturas de então) e, eventualmente, a Rodrigo Rollemberg.
Digo eventualmente Rodrigo Rollemberg, pelo fato de sua chapa ainda não está clara. Dependerá da percepção que a sociedade de Brasíia tiver do perfil da chapa dele.
Informações que correm na Internet dão conta de uma possível dobradinha com Eliana Pedrosa, que migrou das bases rorizistas para o PPS. Em nível nacional, o PPS decidiu apoiar a candidatura à presidência da República de Eduardo Campos. Em troca, pede mais espaço para Pedrosa no Distrito Federal.
A chegada da camarada Eliana Pedrosa ao PPS fez sair pela porta dos fundos uma liderança tradicional dos quadros do antigo partido comunista: Augusto Carvalho. Augusto, que foi secretário de Saúde de Arruda, foi se aninhar no Solidariedade, do deputado Paulinho da Força, que aqui e aculá aparece nas manchetes jornalísticas de uma forma que não o prestigia tanto assim.
Embora tenham evitado uma convivência debaixo do mesmo teto do PPS-DF, agora, são grandes as possibilidades que Poderosa e Augusto Carvalho venham somar forças em prol de uma causa comum: a candidatura Rollemberg.
Assim, a chapa de Rollemberg com a participação do PSD de Kassab e Rosso; do Solidariedade, de Augusto e Paulinho; e do PPS de Pedrosa, pode assumir um contorno no qual o debate da ética na política não seja o mais estratégico.
Oficialmente, os eleitores de Brasília só conhecerão seus candidatos em julho, mas as próximas semanas serão decisivas na definição do quadro sucessório do DF
Infelizmente Arruda-Roriz ganharão. De consolo, pelo menos o Agnelo não será reeleito. Ou seja, estamos lascados de qualquer jeito.
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A POPULAÇÃO APROVOU AS GRANDES OBRAS DO ARRUDA ( A NOVA ROVIÁRIA,AS VILAS OLIMPICAS, A TORRE DIGITAL,OS POSTOS POLICIAIS COMUNITÁRIOS,A LINHA VERDE DA EPTG,I A TRANSFERENCIA DO CENTRO ADMINISTRATIVO DO GDF PARA TAG. ETC….) ELE MERECE REALMENTE O VOTO DA MAIORIA ESMAGADORA.
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O PSDB vai lançar o Luiz Pitiman como candidato a governador. O Aécio precisa de um palanque em Brasília e sabe que essa chapa citada por você terá sérios problemas jurídicos e êticos.
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kkkkkkkkkkkkkkkkk
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Apontem um governador que começou a trabalhar desde o primeiro dia de governo e que fez pelo a metade do Arruda fez.
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Getulio, Que tal, pra começar, Israel Pinheiro, o homem que fez Brasilia?
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Que obras nenhuma ele entregou o que ele fez foi levar grana acabou com a saúde não fez nada.. absolutamente nada… posto policial que o agente não pode sair abre o olho amigo…
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Se Agnelo ganhar as eleições que e impossuível inacreditável inaceitável eu iria embora do DF
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Arruda, Gim, Agnelo, Roriz…ai meu Deus. Tb vamos embora de Brasília.
M
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