
Por Chico Sant’Anna, baseado em Plantas do Cerrado, de Fernando Tatagiba
A planta que nos presenteia com esta exótica flor é de pouca beleza. Típica do Brasil e muito comum no cerrado, a Fruta-do-lobo ou Lobeira – Solanum lycocarpum – também é encontrada na Região Amazônica, no Rio de Janeiro e no Paraná. Em algumas localidades, é conhecida como jurubebão, berinjela-do-campo ou maçã-do-cerrado, ela pertence à mesma família do tomate e o jiló.
Trata-se de um arbusto ou uma arvoreta (de, no máximo, 5 metros de altura) Multiplica-se por semente. As folhas são simples, mas de consistência firme e densamente recobertas por tricomas (“pêlos”) e alguns espinhos, margens irregulares, variando de 16-28 cm de comprimento.

A Lobeira floresce o ano inteiro. Suas flores são hermafroditas, com 05 sépalas cuja porção soldada permanece aderida ao fruto, Contam com cinco pétalas lilases com a base soldada umas às outras; cinco estames com grandes e evidentes anteras amarelas, que liberam o pólen por pequenos orifícios em suas extremidades; o ovário é súpero, dividido em dois compartimentos (lóculos), característico da família Solanaceae
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A frutificação ocorre entre julho e janeiro. Seus frutos são arredondados e alcançam até 13 centímetros de largura, com cor verde e amarela (quando maduros).
Seus frutos representam até 50 por cento da dieta alimentar do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), acreditando-se que tenham ação terapêutica contra o verme-gigante-dos-rins, que é muito frequente e geralmente fatal no lobo-guará.
Os frutos são utilizados para doces e geléias. É empregada ainda contra espasmos, como um diurético e calmante. Além disso, o amido de seus frutos é usado contra a diabetes e o suco, em uso externo, serve para eliminar verrugas. Até o chá de suas flores é indicado contra hemorróidas.