
Engarrafamento, ônibus que não dão vazão ao transporte dos brasilienses, falta de investimento em metrô, veículo leve sobre trilho, trens regionais. A situação de Brasília no ranking de mobilidade urbana é uma das piores dentre as capitais brasileiras.
A cidade parou no tempo da tecnologia de transporte e insiste em investir em ônibus movido a poluentes óleo diesel. Mesmo os BRTs do expresso DF, que o GDF teima em dizer que é um avanço, já dão sinal de pane, conforme alguns flagrantes fotográficos.
Se de um lado não investe em transporte coletivo, de outro o GDF e o governo Federal abusam das polpíticas fiscais que concedem incentivos à compra de carros novos, com isenção do IPVA, do IPTU e financiamentos a perder de vista.
Por outro lado, no lugar de investir em transporte eficiente, como o VLT, o GDF prefere a construção de obras faraônicas, como a garagem para dez mil carros no subsolo da Esplanada dos Ministérios.
Brasília ganha, a cada, mês cem mil novos carros em suas ruas. Isso, sem falar dos utilizados pelos moradores das cidades goianas e mineiras do Entorno do Distrito Federal. A Agência Nacional de Transporte Terrestre não dá uma solução ao caos que é o transporte coletivo. O trem para Luziânia – via transformação da linha da extinta RFFSA – enfrenta poderos interesses econômicos dos empresários do transporte coletivo. Para a saída Norte, o GDF insiste em ônibus para transportar milhares de pessoas, quando moradores de Formosa, Planaltina, Sobradinho, Colorado e Lago Norte poderiam ser assistidos com transporte sobre trilhos
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Com quase R$ 4 bilhões em caixa, repassados pelo governo federal, o GDF não consegue tirar do papel a expansão da linha 1 do metrô – sentido Asa Norte, Setor O da Ceilândia e Samambaia – nem o VLT, que aguardam o início das obras desde 2009.
Como resolver o problema da mobilidade urbana da Capital Federal? Com a palavra o especialista em transporte público, professor da Faculdade de Tecnologia da Universidade de Brasília, Paulo César Marques da Silva, entrevistado com exclusividade pelo blog Brasília por Chico Sant’Anna.
Confira a entrevista, dividida em dois blocos.
Mobilidade Urbana no DF -Parte 1
Mobilidade Urbana no DF -Parte 2
Acompanhe também as entrevistas sobre o PPCUB, com a arquiteta Vera Ramos, diretora de Patrimônio do Instituto Histórico e Geográfico do DF, e a entrevista com o urbanista Frederico Flósculo, sobre a Expansão Urbana no Distrito Federal.
Muito boa a entrevista, Chico.
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EXCELENTE! PODE SER TOMADA COMO DENÚNCIA E/OU ALERTA DE UM GRANDE ERRO DO GDF SOBRE O TRANSPOSTE COLETIVO EM BRASÍLIA.
PEÇAS FUNDAMENTAIS PARA HISTÓRIA DE BRASILIA.
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Chico, nós aqui do lado norte, Planaltina estamos disseminando a cada reunião que participamos, que a solução do transporte de massa para nós é o VLT. Lembro-me que quando o Roriz colocou o metrô do lado sul, dizia que o mesmo era inviável para nós devido ao alto custo da obra. Hoje essa justificativa não cabe mais, pois, Planaltina, Sobradinho, Asa Norte, já estão quase ementadas. Portanto lado norte, metrô é a solução!!!.
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Tem toda razão Felipe Rodrigues. Pela dimensão da população que mora no Lago Norte, Varjão, Colorado, Sobradinho, Planaltina e até mesmo Formosa e Planaltina de Goias já se justifica um transporte sobre trilhos, seja VLT ou mesmo um Trem regional. É isso que eu defendo.
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caro chico
assisti a (primeira parte da) boa entrevista que vc fez com o prof Paulo césar.
muito boa. apesar das projeções futuras serem aterradoras!
moro no lago oeste e todo dia penso: isso aqui uma hora parar. parou uma vez e arruda fez dois viadutos.
parou de novo. e agnelo anuncia expansão das vias E MAIS DOIS VIADUTOS. e eu penso: vai parar logo depois…
só não concordo com uma fala do prof.: quando ele diz que o uso do carro deve ser algo oneroso, como é feito em londres. algo precede isso: termos um bom sercviço de transporte público. quando eu tiver a opção de metrô ou ônibus eu largo o carro. eu não quero um buraco onde enterrar o carro embaixo da esplanada, gerando grana para paulo otávio ou luiz estevão. eu nem quero usar o carro para vir trabalhar. eu quero, por exemplo, poder entrar num ônibus e me sentar sem ficar sujo e ciente de que ele vai chegar ao seu destino. hoje não tem isso. hoje me obrigam a usar carro. por isso eu questiono a fala do professor (nesse único ponto): se fizer o estacionamento ser caro, além de me obrigarem a andar de carro ainda vão me obrigar a financiar os mesmos milionários de sempre.
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Imaginem: se dentro de Brasília está difícil chegar ao destino desejado, pode ter certeza que aqui no entorno de Brasília além da dificuldade de transporte ainda há o preconceito com os moradores daqui. Os empresários de Brasilia não têm interesse nenhum em contratar trabalhador do entorno devido ao caos do transporte público que se arrasta a décadas sem solução e nem interesse de resolver o problema. Isso é desesperador para os trabalhadores, estudantes etc…
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Cara Antônia.
Pela distância e pelo volume de passageiros, só vejo uma solução viável ao problema de mobilidade urbana: é a implantação de transporte sobre trilhos, em especial Trem Regional, capaz de transportar até 1600 pessoas por viagem, ou seja, o equivalente a quase 20 ônibus articulados.
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